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CGTP acusa Marcelo de «falar do que não sabe»

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Comentador acusou, domingo na TVI, a central sindical de estar a «banalizar» a «greve geral»

O secretário-geral da CGTP acusou Marcelo Rebelo de Sousa de «falar de tudo e também do que não sabe», reagindo ao comentário do ex-presidente do PSD, que acusou a central sindical de estar a «banalizar» a «greve geral».

Arménio Carlos defendeu que, ao contrário do que disse Marcelo Rebelo de Sousa, «em 10 segundos», os trabalhadores «não estão a banalizar a greve geral porque não são masoquistas», até porque «quando fazem uma greve perdem um dia de salário no final do mês».

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«Os trabalhadores estão a fazer uma greve porque têm necessidade de dar uma resposta a um conjunto de propostas que, se fossem implementadas, iriam aumentar significativamente o nível de pobreza em Portugal, que já é muito elevada, 2, 7 milhões de pessoas que vivem abaixo do limiar da pobreza», disse.

Num plenário com sindicalistas em Viseu para debater a greve geral de 22 de março, o secretário-geral da CGTP sinalizou como essencial a ideia de que «facilitar os despedimentos, reduzir indemnizações, reduzir subsídios de desemprego, alterar horários de trabalho para por os trabalhadores a trabalhar mais e receber menos, atacar a contratação coletiva levaria à redução dos rendimentos dos trabalhadores e do aumento da pobreza».

Mas disso, adiantou, «o professor Marcelo não quer falar, porque sabe que é mais fácil em 10 segundos lançar uma mensagem dessa natureza que perder um ou dois minutos a discutir conteúdos. É de alguém que está ali (no comentário dos domingos na TVI) para justificar aquilo que não tem justificação quanto às políticas do governo. É por isso que diz este tipo de coisas», apontou Arménio Carlos.

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Neste plenário, o dirigente sindical abordou um conjunto de temas que justificam a convocação da greve geral, aludindo, entre outros, à questão do salário mínimo, reafirmando que, na segunda-feira, a comissão executiva da CGTP «vai analisar uma proposta em concreto e vai assumir publicamente o aumento».

E justificou: «Houve um acordo que não foi cumprido e não há razão nenhuma para não ser aumentado. O salário mínimo nacional, em termos líquidos, está abaixo do limiar da pobreza, temos 400 mil trabalhadores a empobrecer todos os dias».

Mas também porque «o salário mínimo é um contributo para dinamizar a economia de algumas regiões e ajudar ao funcionamento das empresas, porque havendo um ligeiro aumento do poder de compra, há um ligeiro aumento do consumo e no escoamento de produtos e serviços».

«E vamos demonstrar que isto não põe em causa o emprego nem aumentar o desemprego, pelo contrário, vai dar um contributo para que a economia possa melhorar e sair desta situação desgraçada de receção económica em que nos encontramos», asseverou.

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