O Presidente da República falou esta quinta-feira ao país, a partir do Palácio de Belém, na sequência da aprovação da prorrogação do estado de emergência, que passa a vigorar até 17 de abril, como medida de contenção da pandemia Covid-19.
Este é o maior desafio dos últimos 45 anos", afirmou, numa clara referência à ditadura vivida antes do 25 de abril de 1974.
PUB
Marcelo Rebelo de Sousa vincou a solidariedade dos órgãos de soberania, bem como de toda a população, relembrando que "o adversário é incidioso" e significa "profundos" efeitos económicos e sociais.
A atual situação, refere o chefe de Estado, exige uma reforçada punição de quem se tente aproveitar de uma eventual fragilidade.
O Presidente da República distinguiu quatro fases no combate à pandemia:
Marcelo Rebelo de Sousa referiu que a primeira batalha (fase) foi ganha: "Adiámos o pico, moderámos a progressão do vírus".
PUB
Ganhámos tempo com as medidas restritivas e, sobretudo, com a notável adesão voluntária dos portugueses", afirmou.
Ainda assim, o Presidente alertou para uma natural subida dos números em termos absolutos, exortando para que a população continue a tomar as devidas medidas de contingência.
Num discurso feito a partir do Palácio de Belém, a residência oficial da Presidência, definiu cinco objetivos fundamentais:
PUB
Segundo o chefe de Estado, o sucesso da terceira fase depende de uma boa aplicação do primeiro objetivo. Durante o seu discurso, Marcelo Rebelo de Sousa mostrou particular preocupação para o período da Páscoa, pedindo aos portugueses que compreendam o que está em causa.
Nesta Páscoa, não estraguemos uns anos de vida por uns dias de férias", referiu.
Admitindo um mês de abril particularmente difícil, Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que, até ao final do estado de emergência, é provável que Portugal chegue aos 20 ou 30 mil casos.
Ainda assim, reforçou que o importante é diminuir a percentagem do crescimento diário de infetados.
Em Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 2 de março, o último balanço da Direção-Geral da Saúde indicava 9.034 infeções confirmadas. Desse universo de doentes, 209 morreram, 1.024 estão internados em hospitais, 68 recuperaram e os restantes convalescem em casa ou noutras instituições.
Veja também:As medidas anunciadas por António Costa relativas à prorrogação do estado de emergência.
PUB