Já fez LIKE no TVI Notícias?

Marisa Matias critica Marcelo por não ser claro sobre novas eleições

“Falou desde táticas de futebol até à promoção do leitão. Falou, falou, falou, e agora que é candidato - eu fico pasmada - não fala sobre nada”, disse a candidata presidencial

A candidata presidencial Marisa Matias criticou na sexta-feira o seu adversário Marcelo Rebelo de Sousa por não esclarecer se, caso seja eleito, convocará ou não novas eleições legislativas.

Durante a apresentação da sua candidatura em Viseu, Marisa Matias lembrou que, “durante 13 anos, Marcelo Rebelo de Sousa falou de tudo, todos os domingos, com o privilégio de ter tido uma audiência regular de muita gente”.

PUB

“Falou desde táticas de futebol até à promoção do leitão. Falou, falou, falou, e agora que é candidato - eu fico pasmada - não fala sobre nada”, lamentou a eurodeputada e candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda (BE).

Na sua opinião, o seu adversário, antigo presidente social-democrata e comentador político, “não consegue responder a uma questão tão simples que é: se for eleito, respeitará a vontade dos portugueses e o Governo que foi nomeado ou vai convocar novas eleições?”.

“Ainda não respondeu com clareza a esta pergunta. É certo que tem criticado Cavaco Silva (Presidente da República), mas também é certo que já não conseguimos encontrar ninguém que não critique Cavaco Silva”, gracejou.

A socióloga defendeu que Portugal precisa “de uma presidente cuja prioridade seja ouvir os cidadãos”.

“O árbitro da democracia não pode sê-lo de forma completa e total se não tiver essa prioridade de ouvir os cidadãos, sobretudo numa altura em que saímos de um ciclo em que enfrentámos ataques aos nossos direitos mais fundamentais, em que a estes dez anos de presidência (de Cavaco Silva), se juntaram quatro anos de um Governo que quase destruiu a economia e a sociedade portuguesa”, frisou.

PUB

Para Marisa Matias, “um Presidente da República digno desse nome e das funções tem de ser uma garantia contra o abuso, contra a injustiça e contra a desigualdade”.

Por isso, de cada vez que lhe referem o facto de ser uma candidata presidencial “tão nova” (39 anos), responde que “a Presidência da República não é nem uma reforma para políticos, nem um Óscar de carreira, é para fazer trabalho político, sério, direcionado para os cidadãos, em resultado do que se ouve deles”.

“Já seria muito bom e um grande avanço no nosso país se tivéssemos alguém nessa disposição”, realçou, acrescentando que Portugal tem de ter “uma Presidente que garanta e que defenda a independência, a democracia, a dignidade do seu povo”.

A eurodeputada lembrou que, ainda que as candidaturas à Presidência da República sejam individuais, todas elas têm apoios, e “a candidatura apoiada pela direita é uma, não são duas nem três”, é a de Marcelo Rebelo de Sousa.

“Eu compreendo que ele não se honre muito e que até tenha alguma vergonha dos seus apoiantes, mas a verdade é que é a candidatura da direita. Marcelo Rebelo de Sousa bem pode dizer que é independente, mas ao longo destes últimos anos nunca falhou um ato eleitoral da direita, uma campanha eleitoral, nem uma festa do Pontal e, provavelmente, não será assim tão independente”, concluiu.

PUB

Últimas