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Dia 5: análise de campanha de Marcelo ao tvi24.pt

Professor Rebelo de Sousa destaca a «muita balbúrdia de campanha»

Fim de tarde no Porto e uma manhã e uma tarde muito agitadas em termos de campanha. Embora agitada no que não é fundamental.

No que respeita ao PSD, ainda antes de Paulo Rangel entrar hoje em campanha, houve a entrevista à Radio Renascença em que o líder admitiu que era preciso reavaliar a lei do aborto. Ele que era a favor da legalização do aborto, admite que a execução tem levantado problemas que merecem uma reflexão.

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Logo Paulo Portas, nos Açores, veio comentar dizendo que já o presidente do Conselho de Ética e Ciências da Vida, que é um defensor do sim no referendo de anos atrás, tinha admitido que havia coisas na execução da lei que mereciam uma reflexão.

Passos Coelho à hora de almoço esclareceu que essa reavaliação não significava apresentar uma lei para rever ou revogar a anterior, nem propor um referendo. Estava aberto, não era tabu, mas não tomava a iniciativa.

Do lado do PS, Mário Soares introduziu também alguma agitação ao defender uma coligação PS-PSD ou PSD-PS a seguir às eleições. Logo veio Francisco Assis, que está encarregado de ser uma espécie de porta-voz de serviço, o que não é pior para a sua notoriedade em termos de futuro, corrigir que não parece nada provável que isso venha a acontecer. Pelo meio, o Bloco acelerou e o PC acelerou, depois de um dia calmo como foi o de ontem.

Ainda nos factos, apesar de tudo menores, temos mais uma sondagem na concorrência, a diária, a manter a vantagem do PSD sobre o PS, ligeiramente abaixo de um ponto e meio e com o CDS ligeiramente acima de 12 pontos.

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No importante temos o quê? O português vai pagar mais de crédito à habitação à banca, os spreads do crédito da banca vão aumentar, foi anunciado. Temos que, de Bruxelas, melhor dizendo do Luxemburgo, vem a notícia de que o BCE está a pensar aumentar a taxa de juro, o que não é boa notícia para um país e para empresas e famílias que estão endividadas, como é o caso de Portugal, das empresas e famílias portuguesas.

E depois uma notícia um bocadinho menos má. A China admite comprar maciçamente títulos da União Europeia. A UE vai ter que lançar títulos, não é a UE é o BCE, para poder dar o dinheiro que tem de dar a vários países entre os quais Portugal, e andava à procura de compradores. Pois está. A China vai aparentemente, veremos, ajudar na compra desses títulos e assim ajudar países como a Grécia, a Irlanda e Portugal.

No fundamental, juros a subir, a situação económica a não melhorar; no que é menos importante, temos muito barulho, muita balbúrdia de campanha e a sensação de que as pessoas já não retêm praticamente nada. Já só querem uma coisa: que chegue o dia das eleições.

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