A visita de Paulo Rangel levou-o a Gaia, ouvir elogios do autarca à sua campanha às europeias, mas levou-o ainda aos problemas de Vila d` Este. Depois de reunir com o Luís Filipe Menezes, Marco António Costa, vice-presidente, explicou aos jornalistas que o município pondera processar o Estado, se o Governo «voltar atrás, após contratos assinados».
«A Câmara de Gaia não vai desistir deste projecto» de reabilitação da urbanização de Vila d`Este - um aglomerado populacional que acolhe mais pessoas do que 80 cidades portugueses, num total de 17 mil -, prometendo «accionar o Estado».
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Marco António Costa garante que foi celebrado e assinado o contrato de financiamento com o Estado português, no âmbito das verbas do QREN, ameaçado agora, em função de uma cláusula da Comissão Europeia que permite apenas a renovação das fachadas e não a intervenção no espaço edificado, como pretende a autarquia.
«É inaceitável» que o «Governo volte atrás, considerou Marco António, apoiado pelo candidato do PSD às eleições europeias que apelidou o caso de «kafkiano». «Este é o dia em que os processos kafkianos saíram dos tribunais e entraram nos fundos europeus», ironizou Rangel, considerando que estes são «entraves burocráticos» que vão impedir a autarquia de «dar dignidade às pessoas».
O vice-presidente da câmara aproveitou a deixa para lançar um apelo ao candidato, pedindo-lhe que interceda por estas «17 mil pessoas que estão agora desapontadas quando souberam do recuo do Governo». Rangel agarrou o desafio e assumiu-se como «vigilante» deste processo para desbloquear o impasse que calhou a Vila d`Este.
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