Maria de Belém decidiu cancelar todas as iniciativas de campanha até à realização do funeral do histórico socialista Almeida Santos, que irá ocorrer amanhã. Numa breve declaração aos jornalistas, esta terça-feira, na sua sede de campanha em Lisboa, a candidata presidencial, visivelmente emocionada, assinalou a perda do presidente honorário do PS como "irreparável". "Se morreu do coração, morreu do que tinha de melhor", afirmou.
Com os socialistas Jorge Coelho, Alberto Martins e Vera Jardim ao seu lado, a candidata presidencial sublinhou o desparecimento do "amigo", que apoiava a sua candidatura, como um "acontecimento tristíssimo". Uma perda "irreparável para Portugal, para a Democracia portuguesa e para o Partido Socialista", defendeu.
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"O falecimento de Almeida Santos é uma perda irreparável para Portugal, para a Democracia portuguesa e para o Partido Socialista. Este acontecimento tristíssimo exige a homenagem a um homem que cruzou o seu destino com a resistência à ditadura, a descolonização e a fundação da Democracia, de que foi o mais eminente legislador."
"Se morreu do coração morreu do que tinha de melhor."
Maria de Belém não vai estar, por isso, no último debate televisivo com todos os candidatos presidenciais antes das eleições, e que irá ser transmitido esta noite pela RTP.
Além do debate desta noite, Maria de Belém tinha agendado para esta terça-feira uma visita à loja do cidadão de Odivelas, um almoço da CCP/UACS - Confederação do Comércio e Serviços de Portugal / União de Associações do Comércio e Serviços e, durante a tarde, reuniões com a Associação Portuguesa das Famílias Numerosas e responsáveis dos colégios privados.
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Almeida Santos morreu na segunda-feira em sua casa, em Oeiras, com 89 anos, pouco antes da meia-noite, depois de se ter sentido mal após o jantar.
O presidente honorário do PS fez a sua última intervenção política precisamente num almoço de apoio à candidatura de Maria de Belém, no domingo, na Figueira da Foz. Afirmou que Maria de Belém tinha revolucionado as candidaturas das mulheres à Presidência e que a candidata iria ganhar - se não fosse agora, da próxima vez.
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