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Espanha e Portugal estão «unidos por vínculos intensos»

Mariano Rajoy lança Cimeira Ibérica desta segunda-feira

O presidente do Governo espanhol defendeu os «vínculos intensos» por que estão unidos Espanha e Portugal no lançamento da XXVI Cimeira Ibérica que começa na segunda-feira, em Madrid, cujo fortalecimento deve trazer «melhorias palpáveis para os cidadãos».

«Representa mais um capítulo na nossa história partilhada que deve contribuir para a eficaz cooperação a nível europeu, para o fortalecimento das nossas já estreitas relações bilaterais em todos os âmbitos possíveis, desde o comércio e a cultura até à defesa e o turismo», disse Mariano Rajoy em entrevista à agência Lusa por correio eletrónico.

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«Estamos unidos por vínculos tão intensos que fazem que o presente e o futuro dos nossos cidadãos estejam inseparavelmente unidos e de forma especial no nosso projeto comum de integração europeia», destacou.

Um dos temas dominantes da agenda bilateral com o primeiro-ministro português, Pedro passos Coelho, é a questão comercial, com Espanha a manter-se como o principal destino das exportações portuguesas, apesar de algum recuo devido à crise.

Para Mariano Rajoy, os Governos ibéricos estão a «assentar as bases para a recuperação das economias sobre alicerces sólidos e estáveis», objetivo que «não demorará em chegar». Quando isso ocorrer, «traduzir-se-á sem dúvida num reforço ainda maior dos nossos intercâmbios comerciais», disse.

«Espanha e Portugal mantêm uma colaboração estreita no seio da UE para que as imprescindíveis reformas nacionais e o saneamento de nossas contas públicas sejam acompanhadas por parte da UE também com reformas europeias e medidas impulsoras do crescimento e do emprego, especialmente do emprego jovem», disse Rajoy.

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Ao mesmo tempo, o governante espanhol disse ser urgente que a UE utilize todos os instrumentos ao seu dispor para que flua o financiamento às pequenas e médias empresas, que são «fundamentais no tecido empresarial e que são as que podem criar emprego».

Rajoy considerou «um falso debate» a aparente divisão entre o Norte e o Sul da Europa, declarando que «só existe uma União Europeia» que tem como «principal prioridade política», no momento atual, «a recuperação económica e a criação de emprego».

Isso não exclui que em todo o processo de integração política «existam múltiplos interesses em jogo» que as instituições europeias, em que estão representados os Estados e os seus cidadãos, procuram gerir, «mas isso não significa, em nenhum caso, uma dicotomia entre o Norte e o Sul, como se demonstra pela importância reconhecida pela Alemanha, que apresenta uma taxa muito reduzida de desemprego jovem, no combate a este fenómeno».

Mariano Rajoy considerou que o facto de Portugal e Espanha terem atualmente governos da mesma família política «contribuiu para a grande sintonia» que existe fortalecendo laços privilegiados que potenciam a «concertação política no seio da UE».

Rajoy demonstra mesmo a «firme convicção de que a política não é o problema, mas a solução para a crise atual, que exige grandes esforços e sacrifícios para permitir o regresso, o mais rapidamente possível, aos níveis de prosperidade e de emprego que as nossas sociedades merecem».

Sendo «impossível negar que a crise que vivemos tem tido um impacto social tremendo», o primeiro-ministro espanhol considera «lógico - e sintomático da boa saúde das nossas democracias - que exista uma contestação social a muitas das medidas políticas que se tomaram para permitir a saída da crise, sobre bases sólidas e estáveis».

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