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O economista responsável pelos estudos do PS, Mário Centeno, afirmou esta quarta-feira que as medidas de redução contributiva para a Segurança Social de trabalhadores e empresas têm "impacto nulo" ao contrário do plafonamento, defendido por PSD/CDS-PP.
"No seu conjunto, o impacto é nulo - o equivalente aos nove mil milhões de euros, que já foram avançados, 12,5 mil milhões de euros, também já foram referidos 14 mil milhões de euros... vamos ajudar a fazer as contas", ironizou o perito, referindo-se a diversas declarações de responsáveis pela coligação Portugal à Frente relativas à perda de receitas e impacto na sustentabilidade do sistema que as propostas socialistas podem vir a causar.
“As pensões são pagas, num regime de repartição, em quase igual medida com as contribuições dos trabalhadores no ativo. Garantir ou não pagamentos de pensões depende da capacidade que o país tiver de gerar emprego e, com isso, riqueza, portanto, contribuições para o sistema de Segurança Social. É por isso que o plafonamento põe em causa a sustentabilidade e é uma medida que não tem nenhum estímulo óbvio à atividade”, afirmou.
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Segundo o especialista, "as reduções propostas à taxa contributiva têm uma natureza diferente nos trabalhadores e nas empresas", pois incluem os trabalhadores com "menos de 60 anos e apenas quanto ao seu "salário base", avançando com os valores conhecidos em 2013: 1.700 milhões de euros de salários base dos trabalhadores por conta de outrem.
"Os quatro pontos percentuais de redução da TSU representam 990 milhões de euros. Apenas num ano, a redução vai equivaler a 4 pontos percentuais. É gradual até ao terceiro ano e começa a reverter", continuou, adiantando que o universo de trabalhadores com contrato permanente é de 2,264 milhões, embora se tenham de descontar "20 a 25%, que têm contrato a prazo".
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