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Ministra diz respeitar as greves na Saúde mas adverte que meios são limitados

Dizendo ser necessário compatibilizar aquilo que são as reivindicações dos vários grupos profissionais, Marta Temido referiu que é “preciso ter perceção que os meios públicos são limitados”

A ministra da Saúde, Marta Temido, disse respeitar as greves dos diferentes profissionais de saúde porque é uma forma de demonstrarem o seu descontentamento, mas advertiu que os “meios públicos são limitados”.

O que há a dizer aos profissionais de saúde que trabalham no Serviço Nacional de Saúde [SNS] é que continuamos a trabalhar e não vamos deixar de o fazer para nos aproximarmos daquilo que são as suas reivindicações e expectativas, mas temos consciência que não podemos ir ao ritmo que as pessoas desejariam”, afirmou Marta Temido.

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A governante falava à margem da inauguração da nova área do Serviço de Urgência do Centro Hospitalar do Porto/Hospital de Santo António e a propósito da greve de hoje dos trabalhadores do setor da saúde, sobretudo os auxiliares de ação médica e os assistentes operacionais.

Dizendo ser necessário compatibilizar aquilo que são as reivindicações dos vários grupos profissionais, Marta Temido referiu que é “preciso ter perceção que os meios públicos são limitados”.

São aqueles que resultam dos nossos descontos, através de impostos e, a nós, cabe-nos geri-los o melhor possível, mas ir priorizando e é isso que tentamos fazer”, frisou.

A greve dos trabalhadores do setor da saúde, sobretudo os auxiliares de ação médica e os assistentes operacionais, está hoje a ter uma adesão entre os 75% e os 100%, com serviços encerrados de norte a sul do país.

Num balanço feito à agência Lusa, José Abraão, da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP), explicou que a paralisação “está a afetar os serviços de consultas e o apoio ao secretariado de norte a sul do país”.

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O responsável adiantou que há serviços fechados, por exemplo, nos hospitais do barlavento e sotavento algarvio, em Aveiro, no Instituto Português de Oncologia e no Hospital de Santo António, no Porto, em Viana do Castelo e nos Covões, em Coimbra.

Apesar de desconhecer o balanço deste dia de greve, Marta Temido adiantou, contudo, saber que o impacto da mesma foi “significativo”.

Dizendo que a greve é uma forma de demonstração de descontentamento que o Governo respeita, a ministra sublinhou que “tudo tem feito” para se aproximar das reivindicações e expectativas dos trabalhadores.

As expectativas são elevadas e, ainda bem que o são, mas temos procurado pôr-nos à altura de as cumprir”, concluiu.

Médicos e enfermeiros vão na próxima semana paralisar serviços de saúde em todo o país, com greves que começam na terça-feira e que se estendem até sexta-feira.

Os dois sindicatos médicos convocaram uma greve para dias 02 e 03 de julho, sendo o primeiro dia agendado pelo Sindicato Independente dos Médicos e o segundo marcado pela Federação Nacional dos Médicos, que também promove na quarta-feira uma manifestação junto ao Ministério da Saúde, em Lisboa.

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Os enfermeiros, através do Sindicato Democrático dos Enfermeiros Portugueses (Sindepor), têm quatro dias de greve agendados, entre terça e sexta-feira.

Ministra mantém expectativa numa nova e melhor Lei de Bases da Saúde

A ministra da Saúde afirmou não dominar as “sensibilidades das negociações” da revisão da Lei de Bases da Saúde, mantendo a expectativa de que ainda seja possível ter uma “nova e melhor” lei.

Com toda a franqueza, as sensibilidades dessas negociações não as domino, não iria comenta-las, a não ser para dizer que tenho a expectativa que ainda seja possível ter uma nova Lei de Bases da Saúde que seja uma melhor Lei de Bases”, disse.

A governante entendeu que se for para ter algo que não é melhor, então será “melhor todos esperarem”.

Não gostaria que tivéssemos uma nova Lei de Bases da Saúde a qualquer custo, sobretudo uma nova Lei de Bases que fosse só para alguém poder desfraldar a bandeira para dizer que tem uma nova Lei de Bases”, sublinhou.

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