O candidato dos Socialistas Europeus ao cargo de presidente da Comissão Europeia, Martin Schulz, afirmou este domingo que Jean-Claude Juncker, do Partido Popular Europeia, tem certamente o direito de tentar formar uma maioria, mas advertiu que fará o mesmo.
Ressalvando repetidamente que é necessário esperar «talvez dias» para conhecer os resultados definitivos, e afirmando-se «absolutamente certo» de que os Socialistas Europeus vão ficar bem mais próximos do PPE do que apontam as atuais projeções (212 assentos para o Partido Popular e 185 para os Socialistas), Schulz anunciou que vai tentar encontrar uma «maioria coerente» em torno do seu programa para a Comissão Europeia.
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Questionado sobre se Juncker não merece ser o presidente da Comissão, em virtude de o PPE ter sido o partido mais votado, Schulz realçou que aquela força política terá perdido cerca de 60 lugares no hemiciclo comparativamente à anterior legislatura (detinha 273 lugares), pelo que é necessário agora ver quem consegue formar uma maioria em torno de um programa, afirmando-se disposto a dialogar com Jean-Claude Juncler se este assim o quiser.
Juncker «tem certamente o direito de tentar formar uma maioria. Se quiser falar connosco, será bem-vindo. Eu também terei a iniciativa de buscar uma maioria para o meu programa», disse.
Schulz lamentou ainda o resultado verificado em França, afirmando que «é um dia mau para a UE quando vence um partido com um programa tão racista e xenófobo», referindo-se à Frente Nacional de Marine Le Pen.
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