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Gaza: eurodeputado português visitou um território «arrasado»

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Miguel Portas surpreendido com o modo como o povo palestiniano enfrenta a «tragédia»

O eurodeputado do BE Miguel Portas defendeu este domingo a retirada imediata das tropas israelitas da Faixa de Gaza, manifestando-se «surpreso» pelo modo como o povo palestiniano enfrenta a «tragédia».

«O cessar-fogo, a retirada das tropas de Israel tem de ser imediata», defendeu Miguel Portas, em declarações à Lusa, horas depois de efectuado uma visita de duas horas às cidades de Raffa e Arafat, na zona Sul da Faixa de Gaza.

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Confessando a sua «surpresa» pela forma como o povo palestiniano enfrenta a «tragédia», Miguel Portas contou que esteve em Gaza integrado numa comitiva de oito eurodeputados.

«Israel não respeitou período de tréguas»

«Entrámos durante um período de tréguas, mas a verdade é que Israel não respeitou o período de tréguas que garantiu, pois enquanto lá estivemos ouvimos quatro bombas», relatou o eurodeputado do BE.

Na pequena visita que tiveram oportunidade de fazer, o panorama que observaram foi de «destruição», contou ainda Miguel Portas. «A destruição vê-se mesmo ao lado dos centros humanitários», sublinhou, relatando que viu um quarteirão situado mesmo em frente a um centro de distribuição de alimentos completamente «arrasado».

Durante a visita, os eurodeputados visitaram ainda um centro de acolhimento de refugiados, localizado numa antiga escola preparatória, que abriga 1215 crianças e mulheres. «São pessoas que perderam a casa e, algumas, que perderam a casa e a família e agora estão a dormir pelos cantos das salas de aula, numa evidente situação de sobrelotação», disse, admitindo ter ficado surpreendido com a «severidade do olhar das mulheres».

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Contudo, e apesar da situação que esses refugiados enfrentam, os eurodeputados foram recebidos de forma «extraordinária», acrescentou Miguel Portas.

Quanto ao ambiente nas ruas, o eurodeputado português confessou ter ficado surpreendido pela forma como o povo sai para a rua durante o período que devia ser de tréguas. Porém, continuou, são poucas as lojas e estabelecimentos comerciais abertos, apenas uma ou duas retrosarias, um ou outro café e uma loja que vende legumes.

A comitiva não chegou a visitar nenhum hospital por falta de tempo, mas quando estava na zona da fronteira com o Egipto teve oportunidade de ver chegar cinco ambulâncias, com cinco feridos graves.

«E, ainda por cima, como se trata de um conflito numa zona com uma densidade populacional muito elevada, as vítimas são sempre civis», sublinhou, insistindo na necessidade de um cessar-fogo.

Questionado sobre a importância desta visita da comitiva de oito eurodeputados à Faixa de Gaza, Miguel Portas disse ter sido relevante o facto de terem conseguido dar notícias «Termos dado notícias de fora para dentro foi importante. Vale a pena correr algum risco, mas dar algo a um povo que tem sido submetido a uma imensa tragédia nos últimos 60 anos», acrescentou.

Além de Miguel Portas, integravam a comitiva eurodeputados da França, Espanha, Itália, Inglaterra e Alemanha.

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