PUB
O líder parlamentar do PSD condenou esta quarta-feira a construção de muros no espaço europeu e defendeu que os refugiados devem ser acolhidos com urgência pela União Europeia, tendo em conta as capacidades de cada país, sem quotas.
"Estas pessoas fogem da morte e gritam por socorro para sobreviverem às mãos de conflitos desumanos. Acolher estas pessoas no nosso espaço de paz é, pois, um imperativo de solidariedade e de humanismo. Fá-lo-emos com todo empenho na Europa, e fá-lo-emos também em Portugal. Teremos de o fazer também com sentido de urgência, e com partilha de responsabilidades", afirmou Luís Montenegro, numa declaração política no parlamento, em nome do PSD.
Em seguida, sem nomear nenhum Estado-membro nem nenhum Governo europeu, Luís Montenegro disse que o PSD não se revê "na política de se erguerem novos muros na Europa", definindo a Europa como "a pátria da inclusão" e "da paz e da solidariedade".
PUB
No final da sua intervenção, o líder parlamentar do PSD defendeu que não basta prestar ajuda humanitária: "A Europa terá de intervir mais nos países de origem destes refugiados e ser indutora, parceira da construção da paz e do desenvolvimento desses territórios, seja na Síria, seja na Líbia, seja no Afeganistão, seja no Iraque, lá onde a guerra teima em não acabar".
Luís Montenegro qualificou o atual fluxo de pessoas para o espaço europeu como "uma grave crise humanitária", referindo que estão em causa "refugiados, homens, mulheres e crianças, que fogem da guerra e da perseguição".
"Estas pessoas não procuram uma migração económica, não vêm em busca de melhores condições de vida. Estas pessoas fogem da morte e gritam por socorro para sobreviverem às mãos de conflitos desumanos", reforçou.
"Cremos que o grupo de trabalho criado pelo Governo, a cooperação com a Associação Nacional de Municípios Portugueses, com outras organizações, o nosso próprio sentido de convergência, o possível sentido de convergência aqui neste parlamento, são alicerces da ajuda e da solidariedade de Portugal", elogiou.
PUB