O cabeça de lista do PSD às legislativas madeirenses, Miguel Albuquerque, voltou a pedir uma maioria absoluta que permita formar um governo «estável», desta vez num comício em Machico, onde rejeitou críticas da oposição sobre uma postura elitista.
«Não é possível governar com instabilidade política, não é possível governar a Madeira sem termos um quadro parlamentar de estabilidade política. Nós hoje, meus amigos, estamos a lutar pela maioria absoluta, porque esta maioria absoluta é essencial para o futuro da Madeira», afirmou o também líder regional do PSD.
O candidato considerou que essa estabilidade conduzirá a um Governo Regional credível, com capacidade de executar políticas concretas para atravessar a atual fase de «mudança» e «dificuldades», até porque, apontou, «não há soluções instantâneas».
PUB
O social-democrata falava perante várias centenas no Pavilhão Gimnodesportivo de Machico, onde foi servido depois um jantar aos apoiantes, muitos deles a segurar bandeiras laranja. Segundo um elemento da organização, foram vendidos cerca de 2.000 bilhetes e havia na sala 1.300 lugares sentados.
Questionado depois pela Lusa sobre o que acontecerá se não obtiver a maioria absoluta, limitou-se a responder: «Vai haver».
No discurso, várias vezes interrompido para gritar «PSD» juntamente com os participantes, Albuquerque saudou as várias freguesias do município, liderado pelo PS, e apresentou elementos da sua equipa que pertencem ao concelho.
O cabeça de lista sublinhou que o PSD é um partido popular «cuja matriz é estar junto do povo» e respondeu às críticas do n.º 1 da coligação Mudança (PS/PTP/MPT/PAN), Victor Freitas, que o acusou de elitismo.
«Acho fantástico que um político não tenha ambição de que a sua terra seja culta, cosmopolita e desenvolvida a favor do povo. Nós somos um povo cosmopolita que está aberto aos outros […], nós precisamos da cultura, porque sem cultura e instrução os povos entram em regressão», declarou.
O PSD governa a Madeira com maioria absoluta há quase quatro décadas, com Alberto João Jardim, que pediu exoneração depois de ter sido sido substituído na liderança do partido por Miguel Albuquerque.
Às eleições legislativas, convocadas pelo Presidente da República para 29 de março, concorrem 11 forças políticas, sendo oito partidos (PSD, CDS, JPP, BE, PND, PCTP/MRPP, PNR e MAS) e três coligações - Mudança (PS/PTP/MPT/PAN), CDU (PCP/PEV) e a Plataforma de Cidadãos «Nós Conseguimos» (PPM/PDA).
PUB