O ministro dos Assuntos Parlamentares rejeitou que as preocupações de crescimento na Europa estejam relacionadas «com a eleição francesa», considerando que quem hoje defende a agenda de crescimento colocou a Europa na situação em que está.
Miguel Relvas, que falava à Lusa em Madrid, comentava o debate eleitoral em França e em especial a diferença entre os dois candidatos presidenciais, Nicolas Sarkozy e François Hollande sobre a agenda de crescimento europeu.
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«Uma eleição é sempre uma eleição, mais importante por ser um país da dimensão da França. Mas as preocupações do crescimento não têm a ver com a eleição francesa», disse, questionado sobre o impacto na Europa de uma eventual vitória de Hollande, como sugerem as sondagens.
«A preocupação do crescimento tem sido bem evidente nas atitudes, no discurso e nas medidas que os governos na Europa têm lançado», sublinha.
Para Miguel Relvas, «muitos dos que agora falam no crescimento foram os que colocaram a Europa na situação em que se encontra».
«Bons exemplos: o português e o espanhol. Somos hoje vítimas de políticas expansionistas, de políticas de investimento publico, de políticas que não tiveram em atenção o défice e a dimensão da dívida que conduziram à circunstância em que hoje estamos», disse.
Durante a campanha eleitoral francesa, Nicolás Sarkozy tem usado repetidamente Espanha como exemplo para que o considera ser os falhanços das políticas socialistas na Europa.
O ministro dos Assuntos Parlamentares afirmou que a Europa «tem o seu tempo na forma como aborda as reformas e as mudanças», mas insistiu que o crescimento e a visão social do espaço europeu «não marca a diferença entre o Governo A ou B».
Já que, disse, é a «principal preocupação de qualquer governante» conseguir que «a economia cresça e combater o desemprego, um problema preocupante em toda a Europa mas particularmente em Portugal e Espanha».
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