O bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, manifestou hoje «consideração, amizade e respeito» pela nova ministra da Saúde, Ana Jorge, com quem disse acreditar que «os portugueses muito têm a lucrar».
«Conheço a dra. Ana Jorge há muitos anos, do seu trabalho como presidente da Administração Regional de Saúde Lisboa e como pediatra. Tenho por ela a maior consideração, amizade e respeito. É uma pessoa por quem tenho um particular respeito e com quem acho que os portugueses muito têm a lucrar», acrescentou.
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Escusando-se a comentar a escolha de Ana Jorge para ministra da Saúde por entender ser uma decisão da «responsabilidade do primeiro-ministro», Pedro Nunes anunciou que trabalhará com toda a «lealdade» com a nova governante.
«A Ordem dos Médicos não interfere em qualquer escolha e trabalha com toda a lealdade com os governantes escolhidos pelo primeiro-ministro, porque representam a vontade dos portugueses em eleições», precisou Pedro Nunes à agência Lusa.
O bastonário referiu ainda «ter igual respeito» pelo agora ex-ministro Correia de Campos, que «fez o trabalho que entendeu fazer e que a Ordem entendeu criticar quando achou melhor e aplaudir quando também achou que o devia fazer».
«As críticas que fizemos à forma como estavam a ser desestruturadas as urgências e o Serviço Nacional de Saúde antes de as fazer publicamente fizemos ao ministro da Saúde e, por obviamente ainda não ter tido tempo de falar com Ana Jorge, também não vou tomar qualquer posição pública», referiu à Lusa.
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Pedro Nunes referiu, por isso, que como não é seu hábito «não começará a enviar recados pela comunicação social».
«Todas as medidas que a OM entender serem necessárias certamente as discutirá com a dra.Ana Jorge. Porque é do interesse da dra.Ana Jorge, do primeiro-ministro, do dr.Correia de Campos e da OM e o esforço que nos une a todos é para que as coisas corram bem e que os portugueses tenham um serviço de qualidade», concluiu.
O primeiro ministro pediu hoje ao Presidente da República a exoneração dos ministros da Saúde, Correia de Campos, da ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, e do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, João Amaral Tomás.
Para os substituir, José Sócrates indicou Ana Jorge para a Saúde, José António Pinto Ribeiro para a Cultura e Carlos Lobo para a secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais.
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