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Ministro diz que Forças Armadas estão preparadas para apoiar prisioneiros de guerra

João Gomes Cravinho, ministro da Defesa Nacional, considerou que as Forças Armadas têm atualmente estruturas de apoio “bem instituídas”

O ministro da Defesa Nacional considerou que as Forças Armadas têm atualmente estruturas de apoio “bem instituídas” para apoiar militares que possam vir a estar na situação de prisioneiros de guerra.

É sempre difícil dizer, porque nós preparamo-nos sempre para as coisas que aconteceram no passado, e a realidade contemporânea é que estamos confrontados com, por exemplo, guerras híbridas, guerras assimétricas, que oferecem novos desafios à própria natureza de ser prisioneiro de guerra”, referiu João Gomes Cravinho.

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O ministro da Defesa Nacional apresentou hoje o livro “Prisioneiros de Guerras – Experiências de Cativeiro no século XX”, coordenado por Pedro Aires Oliveira, na Academia Militar, em Lisboa.

No final, em declarações à agência Lusa, o governante disse querer “acreditar que a sociedade portuguesa é hoje uma sociedade mais inclusiva e mais aberta”.

E também que o facto de nós vivermos hoje em democracia, dá-nos, como sociedade, maior resiliência, maior capacidade de compreender e absorver fenómenos difíceis como ser prisioneiro de guerra”, salientou.

Eu creio que, em relação àquilo que é a estrutura atual das Forças Armadas, sim, há circunstâncias, nomeadamente, por exemplo, de apoio psicológico bastante bem instituídas”, assinalou.

João Gomes Cravinho destacou que “a guerra é uma experiência dilacerante, profundamente marcante para qualquer sociedade”, e frisou que “o que este livro faz, que é extremamente interessante, é pegar num prisma, o dos prisioneiros de guerra, e aplicar o olhar que se tem desse prisma a numerosas situações de prisioneiros de guerra portugueses, ao longo do século XX em muitos contextos e muitos ambientes geográficos diferentes”.

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É uma experiência que é difícil, é uma experiência que é algo traumática [para], como sociedade compreendermos, e isso tem um efeito inibidor em Portugal, como em muitos outros países”, advogou.

Na ótica do governante, “cada um dos textos” do livro oferece “uma leitura sobre a sociedade portuguesa”.

Esta experiência é uma experiência que nós, enquanto portugueses, temos de saber absorver, sobre a qual temos de saber refletir, porque ela faz parte da nossa sociedade”, referiu.

O ministro da Defesa Nacional notou também que, como Portugal não tem “experiências de prisioneiros de guerra” há “bastantes anos”, este é “um momento importante” para se fazer uma reflexão.

Temos alguma distância, mas também temos entre nós muitos que viveram a experiência de serem prisioneiros de guerra em períodos, por exemplo, o período colonial, Timor, na Índia, e vale a pena recuperar aquilo que foram as memórias e as experiências deles”, declarou.

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Na apresentação da obra, que decorreu no âmbito do centenário da participação de Portugal na I Guerra Mundial, o ministro condecorou o presidente da comissão coordenadora das evocações, tenente-general Mário de Oliveira Cardoso, com a medalha da Defesa Nacional 1.ª classe.

Descongelamento das carreiras depende das finanças públicas

O ministro defendeu que “ir mais longe” no descongelamento das carreiras militares vai “depender da evolução das finanças públicas” e destacou que o Governo quis “avançar numa recuperação parcial”, mesmo que isso não estivesse previsto.

Se for possível ir mais longe, vai depender da evolução das nossas finanças públicas. Neste momento, é esta a situação que temos”, assinalou João Gomes Cravinho relativamente a uma possível recuperação total do tempo de serviço dos militares.

O ministro salientou que o Governo está numa situação em que oferece “aquilo que é possível”.

É o ponto de equilíbrio possível entre três elementos: a especificidade da carreira das forças armadas, a equidade, porque para além da especificidade há que ter também equidade em relação a outras, e as possibilidades financeiros do país”, salientou.

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