O Presidente da República defende que há que aguardar que se apure "toda a verdade" para formular "um juízo preciso", na sequência das declarações do ex-porta-voz da Polícia Judiciária Militar, major Vasco Brazão, que assegurou ao juiz de instrução do caso de Tancos ter dado conhecimento a Azeredo Lopes da encenação montada na Chamusca mais de um mês após a recuperação do arsenal.
O chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas realçou que "está em curso uma investigação criminal" e acrescentou que “há que esperar que decorra e apure toda a verdade”.
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Eu desde o início tenho defendido isso. Portanto, vamos esperar para ver quais são as conclusões”.
O ministro Azeredo Lopes negou hoje "categoricamente" ter tido conhecimento de qualquer "encobrimento" na recuperação do material militar desaparecido do paiol de Tancos.
O Presidente da República escusou-se a revelar se já falou sobre este assunto com o primeiro-ministro, António Costa.
"Vamos aguardar a conclusão deste processo, desta instrução criminal em curso, e, em função dos factos apurados e das responsabilidades eventualmente suscitadas, depois será possível formular um juízo preciso, concreto e específico acerca da matéria", disse apenas, no final de uma iniciativa comemorativa da implantação da República, no cemitério de Loures.
O Expresso noticiou hoje que o ex-porta-voz da Polícia Judiciária Militar, major Vasco Brazão, disse ao juiz de instrução do caso de Tancos que, "no final do ano passado, e já depois de as armas terem sido recuperadas, deu conhecimento ao ministro da Defesa, juntamente com o diretor daquela polícia, coronel Luís Vieira, da encenação montada em conjunto com a GNR de Loulé em torno da recuperação as armas furtadas" do paiol nacional de Tancos.
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