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Afeganistão: «Reconhecimento» de Guterres

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Lisboa vê com grande satisfação a sua eventual escolha para representante especial da ONU

O ministro dos Negócios Estrangeiros considerou esta segunda-feira, em Bruxelas, que seria uma «grande satisfação» se António Guterres fosse escolhido para representante especial das Nações Unidas (ONU) no Afeganistão, uma decisão da «exclusiva responsabilidade» do secretário-geral da ONU, escreve a Lusa.

«Se o engenheiro António Guterres fosse escolhido pelo secretário-geral, nós veríamos isso com grande satisfação», disse Luís Amado à entrada de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE.

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António Guterres é um dos quatro nomes apontados para o cargo de representante especial das Nações Unidas (ONU) no Afeganistão, de acordo com revista norte-americana «Foreign Policy».

Na «short list» do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, estariam ainda o francês Jean-Marie Guehénno, antigo chefe das missões de paz, e Knut Volebaek, ministro dos Negócios Estrangeiros norueguês. Com menores possibilidades, aparece o eslovaco Jan Koubis, director da Comissão Económica da ONU para a Europa.

«Reconhecimento do mérito»

Luís Amado explicou que a decisão final será da «responsabilidade directa do secretário-geral» e se esta se confirmar significará «o reconhecimento do mérito indiscutível que o Engenheiro António Guterres tem assumido à frente de uma das agências mais importantes das Nações Unidas».

António Guterres, de 60 anos, é actualmente Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, tendo sido anteriormente primeiro-ministro de Portugal entre 1995 e 2002.

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Guerra quase ausente no debate político em Portugal

A questão da guerra no Afeganistão, onde Portugal mantém um contingente, está arredada dos grandes debates nacionais e, na campanha para as últimas eleições legislativas, não foi praticamente aflorada.

Os partidos com assento parlamentar reconhecem esta situação, apesar de defenderem posições diferentes quanto ao envolvimento português na guerra.

Para o presidente da Comissão Parlamentar de Negócios Estrangeiros e Assuntos Europeus, Ribeiro e Castro (CDS-PP), a participação portuguesa na Força Internacional no Afeganistão «não é questão que gere grande controvérsia entre o PP e o PS».

Do outro lado do espectro político português, PCP, Bloco de Esquerda e os Verdes manifestam-se em absoluto contra o envolvimento militar português no Afeganistão.

Posição muito semelhante à de Ribeiro e Castro, tem a deputada do partido do governo Maria de Belém, que considera que Portugal «não pode deixar de participar no esforço internacional para pacificar e democratizar o Afeganistão».

Para o PS e para o Governo, é fundamental o envolvimento de toda a comunidade internacional para resolver a questão afegã.

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