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Síria: Proposta russa pode ser passo importante para resolver crise

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Ministério dos Negócios Estrangeiros português defende proposta russa. Portugal assina declaração conjunta dos EUA e aliados

O Ministério dos Negócios Estrangeiros português defendeu hoje que a proposta russa de colocar as armas químicas da Síria sob supervisão internacional pode ser «um passo importante» para solucionar a crise na Síria.

«A proposta avançada pela Federação Russa de colocar as armas químicas detidas pelo regime de Damasco sob supervisão internacional tem vindo a ser acolhida positivamente e pode representar um passo importante para a resolução da crise na Síria», indicou hoje o MNE em comunicado.

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«Torna-se agora necessário que o Conselho de Segurança das Nações Unidas analise e defina com a maior urgência as modalidades de concretização desta supervisão», lê-se no documento.

Segundo o MNE português, foi «a inação do Conselho de Segurança nos últimos dois anos» que «levou ao exacerbar de um conflito que causou uma tragédia humanitária das maiores proporções, contribuiu de forma decisiva para a radicalização política na própria Síria e potenciou a instabilidade na região».

O corolário disso foi «o uso de armas químicas, que todas as indicações apontam ser da responsabilidade do regime de Damasco», que «constituiu uma violação inadmissível do direito internacional que exige uma resposta urgente», sustenta o MNE.

Portugal vem, assim, reiterar o apoio «a uma resposta forte da comunidade internacional face ao crime bárbaro perpetrado na Síria», já manifestado na declaração acordada pelos Ministros da União Europeia em Vilnius, a 7 de setembro e na declaração conjunta sobre a Síria adotada por vários parceiros à margem da reunião do G20 em São Petersburgo.

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«Importa continuar a criar condições geradoras de um consenso tão amplo quanto possível que permita, pela via negocial e num quadro multilateral, alcançar uma solução política que restabeleça de forma duradoura a paz na Síria», sublinha o MNE no documento.

O regime do Presidente sírio, Bachar al-Assad, é acusado pelos países ocidentais de ter perpetrado a 21 de agosto, perto de Damasco, um massacre com armas químicas com várias centenas de vítimas, que Washington e Paris entendem dever ser sancionado com uma intervenção militar.

A Síria está envolvida desde março de 2011 numa revolta popular que degenerou em guerra civil, fez mais de 110.000 mortos e lhe valeu, no final de 2011, a suspensão dos trabalhos da Liga Árabe antes de o seu lugar ser reatribuído à oposição síria.

Portugal juntou-se hoje aos Estados que assinaram a declaração sobre a Síria com os EUA em 06 de setembro, que insta a «dar uma forte resposta internacional» ao alegado uso de armas químicas pelo regime de Bachar al-Assad.

A Presidência dos EUA informou, através do seu sítio na internet, que hoje um grupo adicional de oito países adicionais Geórgia, Guatemala, Koweit, Malta, Montenegro, Panamá, Polónia e Portugal assinaram a declaração conjunta sobre a Síria.

O total de assinaturas subiu para 33.

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