João Pinho de Almeida, deputado do CDS investigado num processo de discrepâncias com moradas indicadas no parlamento, comunicou esta quinta-feira que quer prestar esclarecimentos o mais depressa possível, porque terá sido confundido com o irmão.
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Em nota, o atual candidato à autarquia de Câmara de São João da Madeira diz que o processo “resulta de erros grosseiros da investigação”.
Chega a ser surreal nos alegados factos que me imputa e atenta gravemente contra o meu bom nome e contra a transparência e rigor que sempre coloquei no exercício de funções públicas”, afirma, em nota.
Assim, o deputado pediu à Assembleia da República para que lhe fosse levantada, “rapidamente”, a imunidade parlamentar, para que possa prestar todos os esclarecimentos.
ESCLARECIMENTO
Emito o presente esclarecimento na sequência do envolvimento do meu nome num processo relativo a...
Publicado por João Pinho de Almeida em Quinta-feira, 15 de abril de 2021
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O Ministério Público afirma que João Pinho de Almeida viveu, entre 2015 e 2018, numa casa na Rua Bernardo Costa, em Carcavelos. Este facto é totalmente falso, segundo o deputado.
Nunca vivi nessa morada. No entanto, nela viveu durante todo esse período, com o seu agregado familiar, o meu irmão. Quem nos conhece sabe das semelhanças físicas que temos, bem como o facto de termos o mesmo número de filhos, com idades próximas”, aponta.
Pinho de Almeida clarifica, no entanto, que foi co proprietário de um outro apartamento na mesma rua, mas que o imóvel foi alienado em 2016. “Pelo que nunca residi no período indicado” pelo MP.
O deputado clarifica ainda que desde 2015 que vive em São João da Madeira, autarquia a que concorre e a que não pode ignorar que esta situação surja “uma semana depois de ter sido anunciada a minha candidatura à Câmara Municipal”.
Sigo de cabeça erguida, não só pela tranquilidade da minha consciência, mas também pela força irrefutável das provas que apresento”, remata o deputado do CDS.
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Oito deputados estão neste momento a ser investigados por irregularidades nas moradas e os pedidos de levantamento da imunidade parlamentar já chegaram à Assembleia da República.
Sandra Cunha (Bloco de Esquerda) anunciou ainda esta quinta-feira renunciar ao seu mandato na sequência de ter sido constituída como arguida neste processo.
Pedro Roque (PSD), Elza Pais (PS), Duarte Pacheco (PSD), João Pinho de Almeida (CDS-PP), Paulo Neves (PSD), Nuno Sá (PS), Carla Barros (PSD) e Fernando Anastácio (PS) são os deputados investigados.
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