O porta-voz do PS, Vitalino Canas, distanciou-se da condenação de Fátima Felgueiras, afirmando que é algo que «não diz respeito» ao partido, visto que a «confiança» à autarca já tinha sido retirada «há alguns anos».
«O partido retirou a confiança [a Fátima Felgueiras] já há alguns anos, nas últimas eleições o PS já teve um candidato que concorreu contra Fátima Felgueiras e, portanto, nesta ocasião não vamos comentar algo que não diz respeito ao partido», disse à Lusa o deputado socialista.
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O Tribunal de Felgueiras condenou a presidente da Câmara Municipal de Felgueiras, Fátima Felgueiras, à pena de três anos e três meses de prisão, suspensa por igual período.
O colectivo de juízes determinou, também, a perda de mandato de Fátima Felgueiras, e considerou provados um crime de peculato, um de peculato de uso e outro de abuso de poder.
«Trata-se de uma sentença judicial e nós não comentamos sentenças judiciais, principalmente aquelas em que o PS não é parte», advogou Vitalino Canas.
«Tanto tempo e tanta polémica para uma pena suspensa»
Narciso Miranda considerou «estranho ter-se gasto tanto tempo e tanta polémica» a julgar a presidente da Câmara de Felgueiras, Fátima Felgueiras, para terminar o processo com uma pena suspensa.
«Acho estranho que tenha levado tanto tempo, tanta polémica, tanto desgaste e tanto dinheiro gasto para uma condenação que não tem efeitos práticos», disse Narciso Miranda à margem da conferência sobre o PIDDAC em Matosinhos.
O ex-líder da distrital do Porto do PS sublinhou, porém, que apesar de suspensa a pena a que a autarca independente foi condenada é «efectiva» e que é necessário «analisar as razões que estiveram na sua origem».
«É necessário analisar as razões que estiveram na base de uma condenação efectiva mas com pena suspensa», disse.
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