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Narciso Miranda nega desvio de dinheiro

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Ex-presidente da Câmara de Matosinhos está acusado de abuso de confiança, simulação de crime, peculato e participação em negócio

Narciso Miranda está acusado, enquanto presidente do Conselho de Administração da Associação de Socorros Mútuos de S. Mamede Infesta (ASMSMI), em Matosinhos, de abuso de confiança, simulação de crime (roubo do «smartphone» para receber modelo mais recente), peculato e participação em negócio. Os estatutos da ASMSMI proibiam os órgãos sociais de contratar empresas familiares. Narciso Miranda adiantou que se demitiu da presidência da associação depois de terem sido levantadas dúvidas à sua gestão e à sua lealdade. O ex-autarca adiantou ainda que só percebeu que o «smartphone» roubado tinha sido o seu e não o da associação três meses depois do assalto ao carro, tendo-o devolvido «imediatamente».

O ex-presidente da Câmara de Matosinhos, Narciso Miranda, refutou esta quarta-feira em tribunal as acusações de desvio de dinheiro de uma mutualista que liderou e de simular o roubo de um «smartphone», garantindo «nada» ter feito de ilícito.

«Não sabia que uma das empresas contratadas pela associação mutualista para lá prestar serviços era da minha filha e, além disso, posso garantir que o meu carro foi assaltado e um dos meus iPhone roubado», disse perante um coletivo de juízes.

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Segundo a acusação, quando desempenhava aquelas funções, o ex-autarca terá adjudicado serviços a empresas de que faziam parte familiares, alguns deles de forma «ilegal» ou nunca realizados.

Uma das filhas de Narciso Miranda e um ex-sócio desta também são arguidos no processo por, alegadamente, terem participado no esquema que lesou a ASMSMI em mais de 70.000 euros.

O antigo presidente da autarquia referiu que a mutualista teve necessidade de contratar uma empresa externa para a prestação de serviços porque não estava satisfeita com a anterior e, quando foi feita a escolha, não sabia que desta fazia parte uma das suas filhas.

«Não conhecia nenhuma das empresas a concurso, nem os seus membros, nunca tive essa preocupação, erradamente», afiançou.

«As minhas filhas não sabiam que eu era presidente da mutualista. Nós nunca conversámos sobre as minhas atividades políticas ou institucionais, sempre houve uma separação entre assuntos pessoais e profissionais, tal como ainda hoje acontece», realçou.

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Quanto à acusação de simulação de roubo de um «smartphone» que lhe tinha sido atribuído pela associação, Narciso Miranda garantiu que o seu carro foi assaltado, tendo-lhe sido levado um dos seus aparelhos.

«Inicialmente, achei que o iPhone que me tinha sido roubado era o da associação e não o meu porque eram iguais. Por isso, a sua substituição foi um processo normal», afiançou.

O julgamento continua a 8 de janeiro, pelas 09:30.

Narciso Miranda vai ser julgado noutro processo por abuso de confiança e falsificação de documentos.

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