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Explosivos: PSD pede explicações ao ministro da Justiça

«Em Portugal nenhum ministro explicou, nem no Parlamento, nem em lado nenhum», disse Fernando Negrão

O deputado do PSD Fernando Negrão disse esta quarta-feira que o ministro da Justiça deve explicar com «urgência» o roubo de explosivos a uma pedreira da região de Nelas, distrito de Viseu, tal como fez o ministro do Interior espanhol, noticia a Lusa.

«Esta é matéria de exclusiva e reservada competência da Polícia Judiciária (PJ) e, uma vez que estamos a falar de eventual acção de terrorismo, a tutela é do ministro da Justiça. Nós aguardamos que o mais breve possível e com urgência o ministro dê alguma explicação ou no mínimo uma explicação semelhante à que o ministro do Interior deu em Espanha», disse aos jornalistas Fernando Negrão.

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Para o deputado social-democrata, deve ser o ministro da Justiça e não o da Administração Interna a dar explicações sobre o roubo de cerca de meia tonelada de explosivos na região de Nelas, em Viseu, em que a PJ descarta para já qualquer relação com a ETA.

«O ministro espanhol, porque suspeita que terá sido uma organização terrorista a praticar este acto, explicou no seu Parlamento este facto. Em Portugal nenhum ministro explicou, nem no Parlamento, nem em lado nenhum», afirmou, manifestando-se preocupado com este «silêncio».

Fernando Negrão sublinhou que se está perante «uma situação de encobrimento» sobre aquilo que se passa «em termos criminais» em Portugal.

«Nós vivemos uma situação de alguma confusão acerca das questões de segurança no nosso país. Ontem tivemos as questões da eventual manipulação de estatísticas no Ministério da Justiça, hoje temos a notícia de que cerca de 500 quilos de um material explosivo foi roubado numa pedreira», afirmou ainda.

Mercado paralelo

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A PJ está a investigar o roubo de cerca de meia tonelada de explosivos numa pedreira na região de Nelas, em Viseu, descartando para já qualquer relação com a ETA, segundo fonte da direcção da judiciária.

A PJ considera que os cerca de 500 quilos de explosivos furtados na madrugada do último domingo eram para venda no mercado paralelo afastando por agora qualquer relação com o grupo terrorista basco ETA, disse fonte da direcção nacional.

O «Diário de Notícias» avança esta quarta-feira que a Guardia Civil espanhola foi alertada pela PJ, adiantando que está a investigar o caso, não descartando uma «eventual mão espanhola» no roubo.

Ainda segundo o mesmo diário, o ministro do Interior espanhol, Peres Rubalcaba, disse na terça-feira que a investigação «quer apurar se foi um roubo comum ou se tem alguma relação com a ETA», apesar de «não existirem nenhumas informações que, no imediato, associem o roubo à ETA».

No final de uma audiência na Comissão Parlamentar dos Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, disse aos jornalistas que é da PJ a competência da investigação do roubo de cerca de meia tonelada de explosivos, escusando-se, por isso, a pronunciar-se sobre o caso.

Rui Pereira disse também que está «em contacto permanente» com o seu homólogo espanhol, adiantando que a PSP, GNR e SEF estão a cooperar com a PJ para se descobrir «rapidamente» o que aconteceu.

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