O ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, anunciou hoje que estão alocados 350 milhões de euros de fundos comunitários do Portugal 2020 ao reequipamento escolar, à reabilitação e requalificação de cerca de 130 escolas.
Em declarações aos jornalistas em Viseu, o governante referiu que, “além destes 350 milhões, existem obras que estão continuamente a ser feitas, ou da responsabilidade das autarquias ou do Ministério da Educação”.
“Não parámos durante estes anos, continuámos a trabalhar para que muitas escolas pudessem melhorar as suas condições. A Parque Escolar fez o seu trabalho, agora de uma forma muito mais modesta e criteriosa, e vai entregar para o próximo ano letivo uma dúzia de escolas”, acrescentou.
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O ministro esteve hoje em Viseu a celebrar um protocolo com vista ao avanço das obras de requalificação da escola básica Grão Vasco e da Secundária Viriato, que há muito são reclamadas.
De acordo com o presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques (PSD), o investimento nas duas escolas ascenderá a dois milhões de euros - 1,4 milhões de euros para a Grão Vasco e 570 mil para a Viriato – financiado por fundos do Portugal 2020.
A Câmara de Viseu comparticipará as obras em 15%, ou seja, em 300 mil euros, o que, para o autarca, é “um investimento e não um custo”.
Almeida Henriques lembrou que as promessas de intervenção na Grão Vasco (que tem 988 alunos) e na Viriato (que tem 679 alunos) são antigas.
“São promessas que geraram frustrações e descrenças. Promessas com uma concretização muitas vezes, demasiadas vezes, adiada”, frisou.
Almeida Henriques garantiu que a autarquia vai “avançar de imediato com a feitura dos projetos, para que, logo que abra a primeira fase de candidaturas”, possa estar “na primeira linha”.
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“O Centro 2020 vai ter que abrir uma candidatura para que a Câmara de Viseu, no seguimento deste protocolo, apresente a candidatura destas duas escolas”, explicou, acrescentando que haverá a preocupação de não prejudicar o rendimento escolar com as obras.
Ao final da tarde de hoje, a CDU de Viseu divulgou um comunicado a acusar o Governo e a Câmara de fazerem “promessas para consumo eleitoral”, concretamente no que diz respeito às obras nas duas escolas.
“Porquê só agora, a pouco mais de um mês das eleições, a Câmara e o Governo afirmam querer sanar um grave problema que conheciam e que enquanto oposição reclamaram ser de urgente resolução?”, questiona.
Nuno Crato respondeu argumentando que “o mapeamento das requalificações escolares só agora está feito e poderia até demorar mais tempo, mas o Governo trabalhou de uma forma muito acelerada com a Comissão Europeia para que fossem estabelecidos os critérios principais do Portugal 2020”.
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