O PCP declarou a morte de Almeida Santos como uma "perda enorme para a democracia", lembrando o seu percurso de antifascista, o papel no processo de descolonização e a "atividade muito marcante na construção do Estado de direito".
"Foi um antifascista, designadamente pela ação que desenvolveu no grupo de democratas de Moçambique, que ele próprio dinamizou. Após o 25 de Abril, desde a primeira hora, teve um papel cimeiro na construção da democracia em Portugal, tendo tido enquanto ministro um papel muito importante no processo de descolonização, que se seguiu à revolução do 25 de Abril", afirmou o deputado António Filipe.
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"Com o falecimento do doutor Almeida Santos a democracia portuguesa fica mais pobre, perde uma das suas grandes figuras. Queremos, naturalmente, endereçar ao PS, de que era presidente honorário, as nossas sentidas condolências", declarou.
Enquanto presidente da Assembleia da República, Almeida Santos manteve "uma postura de grande diálogo e de grande respeito para com todos os grupos parlamentares, o que contribuiu muito para o prestígio da Assembleia da República, é o que é muito marcante relativamente ao seu próprio prestígio pessoal junto de todas as forças políticas em Portugal", apontou.
O antigo presidente da Assembleia da República e presidente honorário do PS morreu na segunda-feira em sua casa, em Oeiras, com 89 anos, pouco antes da meia-noite, depois de se ter sentido mal após o jantar.
O corpo de António Almeida Santos vai estar hoje, a partir das 17:00, em câmara ardente na Basílica da Estrela, em Lisboa, e será cremado na quarta-feira no cemitério do Alto de São João, também em Lisboa, pelas 14:00.
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