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É «imoral» reduzir despesa à custa de cortes nos salários e pensões

Alberto João Jardim avisa que o défice se vai agravar no próximo ano

O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, considera «imoral» que o Governo da República, através do Orçamento de Estado para 2014, queira reduzir a despesa pública à custa do corte de salários e pensões.

«A despesa pública só não aumenta, como pretende o atual Orçamento de Estado, porque é a custa dos salários e das pensões das pessoas. Eu devo dizer que, isto, para mim, é imoral», declarou na sessão solene do 178º aniversário do concelho de Câmara de Lobos, citado pela Lusa.

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Para Alberto João Jardim, «toda esta política que está a ser praticada acaba, paradoxalmente, por vir agravar o défice porque quando há menos investimento, quando tem de haver mais subsídios de desemprego, quando tem de haver mais apoios sociais, agrava-se o défice do país».

«Nós estamos aqui numa errada pescadinha de rabo-na-boca, isto é, inadmissivelmente corta-se nos salários, corta-se nas pensões, corta-se nos direitos adquiridos e vai-se reduzindo, portanto, a massa monetária, vai-se reduzindo o poder de compra, vai-se reduzindo a sobrevivência das empresas, vai-se causando desemprego, vai-se cada vez mais aumentando a necessidade da despesa pública», observou.

Depois de criticar que Portugal não tenha batido o pé apesar de «estar amarrado a compromissos externos» e que a política seguida pelo Governo da República «não está a resolver o problema», Alberto João Jardim alertou: «Eu temo muito, quando se chegar a meados do próximo ano, que o país, na situação em que se vai encontrar, com a economia absolutamente debilitada por esta prioridade dada ao défice e não ao emprego, não encontre, nos meios financeiros internacionais, a resposta com que se anda a sonhar vir a ter mas que nada garante que o país venha a ter».

O governante madeirense defendeu uma revisão constitucional, a alteração do atual regime político, a intervenção de todos nos destinos do país porque «isto não é uma questão de partidos, não é uma questão de ideologias».

«Isto é uma questão de ou se age ou não se age, ou se age, e ainda estamos a tempo de procedermos às mudanças urgentes e necessárias que são precisas fazer; ou não se age e vai-se divinizando a Constituição, vai-se divinizando o regime, vai-se protestando mas não se participa, os protestos são enormes e o país vai, alegremente, para o fundo», concluiu.

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