Manuel Maria Carrilho considera que o primeiro-ministro devia ter «emitido o desejo» de demissão de Alberto João Jardim na entrevista que deu esta noite à RTP.
«A primeira obrigação era de Alberto João Jardim se demitir e não se recandidatar. Era o mais desejável. Bastaria a Pedro Passos Coelho emitir este desejo», disse, no seu comentário no programa «Política Mesmo» do TVI24, acrescentando que a «desautorização» ao líder madeirense «devia ser mais clara».
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«Passos Coelho teve a oportunidade de sabermos bem se estava a falar como chefe de partido ou homem de Estado e ele ficou a meio. Passos Coelho deveria ter ido mais longe em relação a Jardim. Demarcou-se claramente decidindo não ir à campanha, mas a gravidade da actuação de Jardim exigia mais», avisou.
Criticando todos os que ficaram «surpreendidos» com o buraco das contas da Madeira, inclusive o Presidente da República, Carrilho achou «um bocadinho estranho» que Cavaco Silva não tenha tido «nenhum pressentimento ou nenhuma intuição» sobre esta situação, recordando que este fez campanha na Madeira em Janeiro.
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