PUB
O eurodeputado do PCP João Ferreira considerou hoje que “o resultado do referendo na Grécia constitui uma importante derrota para a União Europeia e para o FMI”, criticando a “inaceitável postura do Governo português e do Presidente da República”.
“A inaceitável postura do Governo português PSD/CDS e do Presidente da República traduz a sua clara opção de procurar impor a todo o custo a política de direita e branquear as suas responsabilidades pelas suas brutais consequências económicas e sociais”, condenou ainda.
João Ferreira reafirma ainda “a exigência ao Governo e ao Presidente da República de que, abandonando a sua atitude de submissão, adote uma política de defesa dos interesses nacionais”.
“O que a realidade mostra, a começar pelo nosso país, é que as políticas e instrumentos de dominação da UE são contrárias ao desenvolvimento e ao progresso económico e social e constituem inaceitáveis obstáculos ao desenvolvimento de políticas em favor dos legítimos interesses e aspirações dos povos”, condenou ainda.
PUB
Em declarações à agência Lusa a partir de Atenas, Marisa Matias sublinhou a elevada participação do povo grego no referendo. “Cada vez que se chama um povo a decidir sobre a sua vida, o povo participa e esta é a prova”, disse.
“É uma coisa que não estamos habituados na União Europeia, mas é bom que as instituições europeias se habituem à democracia e que seja o povo a decidir a cada momento sobre a sua vida e não só a recolher as indicações de Bruxelas”, declarou.
“O povo grego deu uma grande lição à Europa mostrando que entre a democracia e a chantagem escolhe a democracia, provando que é possível vencer o medo mesmo quando o BCE (Banco Central Europeu) obrigou ao fecho da banca na Grécia”, afirmou Catarina Martins, referindo-se aos primeiros resultados que dão a vitória ao “não” no referendo, mas ressalvando que ainda não são conhecidos resultados definitivos.
“Para lá de toda a chantagem”, continuou Catarina Martins, “o povo grego respondeu à chamada e foi votar no referendo, numa votação expressiva e muito participada”.
PUB
Quanto ao Governo português, Catarina Martins considerou que “envergonhou portugueses e portuguesas ao longo da última semana”, acrescentando que o executivo de Passos Coelho “esteve sempre do lado do sistema financeiro e da Alemanha e portanto não esteve nunca a defender os interesses da população portuguesa”.
“O Governo português teve uma ação lamentável e felizmente não é ouvido na Grécia”, considerou.
PUB