Depois de Paulo Portas ter aquecido os cerca de 1500 militantes que se juntaram no centro de exposições em Santarém, recuperando um mantra de Álvaro Cunha para desmentir por três vezes António Costa, com a repetição “olhe que não, olhe que não...”sobre o que diz o secretário-geral socialista sobre o emprego, o investimento e o crescimento do PIB, Passos Coelho subiu ao palco para publicamente afirmar que conta com o líder centrista para continuar a ocupar o cargo de vice-primeiro-ministro nos próximos quatro anos.
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Pelos apoiantes que se juntaram esta sábado à noite, a escolha está validada. Falta ganhar as eleições legislativas, que Passos Coelho classifica como a oportunidade para mudar o país. Porque agora, pós-resgate, já é possível escolher.
tinha-me posto ao frescoE a escolha – garante – é entre a “velha política, os velhos tiques, que disfarçam o passado e não assume a realidade” ou uma outra política que “olha para o futuro de outra maneira”.
Para o primeiro-ministro, há “condições excecionais que não nos baterão à porta duas vezes: temos o petróleo baixo, o euro muito competitivo e o BCE a fazer uma política que ajuda os países responsáveis”. Mas “isso não vai durar eternamente”, sublinha, dramatizando a escolha que os portugueses terão de fazer no próximo dia 4 de outubro.
“A obrigação dos políticos que pensam no futuro é saberem distinguir a espuma dos dias, e nós não vamos ter eternamente estas condições”.
E a pergunta que se impõe e que Passos repete é a mesma que separa “o passado do futuro”: “Querem que Portugal seja de novo apanhado desprevenido? Ou querem aproveitar as condições que temos hoje para preparar os dias menos bons que podem vir no futuro?”.
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