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Marcelo Rebelo de Sousa elogia Igreja

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O esforço diplomático da Igreja na defesa dos direitos humanos foi, na noite de quinta-feira, objecto de rasgados elogios de Marcelo Rebelo de Sousa, que destacou também a atenção da hierarquia e de Bento XVI às mudanças sociais em Portugal, informa a Lusa.

As recentes críticas de Bento XVI à Igreja portuguesa «foram muito sensatas» até porque partiram das «informações dadas pela hierarquia» sobre a realidade portuguesa, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, que esteve em Leiria para participar numa conferência sobre «doutrina social da igreja e direitos humanos».

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«A hierarquia está tão consciente daquilo que se passa que foi ela que enviou os relatórios que sustentaram a posição do Papa sobre os direitos e justiça e igualdade social» em Portugal, disse o comentador, considerando que esta posição do Papa está muito «longe da visão conservadora que muita gente atribui a Bento XVI».

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Para o antigo líder social-democrata, o papel da Igreja na defesa dos Direitos Humanos tem sido essencial, como o prova o trabalho dos últimos papas nas Nações Unidas que «estiveram envolvidos em todas as questões diplomáticas sensíveis», recordando a defesa da Santa Sé em matérias como África, Médio Oriente, Palestina, Direitos Sociais ou a América Latina.

«Em tudo quanto era sensível na diplomacia internacional, a Igreja posicionou-se na defesa dos direitos humanos, muitas vezes contra os Estados Unidos e contra alguns países europeus», salientou Marcelo Rebelo de Sousa, que elogiou o papel da doutrina social da igreja na adaptação do discurso do Vaticano.

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«Os direitos humanos respeitam-se na letra mas também no espírito» e a doutrina social da igreja «choca as pessoas» porque aposta em mudanças a longo-prazo da sociedade, considerou.

O comentador lamentou a excessiva laicização da sociedade, que prejudica, para si, a afirmação da liberdade religiosa de cada indivíduo na sociedade, afirmando o seu testemunho de fé.

«Sou cristão antes de ser cidadão»

Todo o cristão tem o «direito de denúncia» daquilo que considera negativo na sociedade, mesmo que existam «modismos» na sociedade ateia e na comunicação social que contestam essa afirmação, disse, criticando o «amoralismo» e «relativismo dos valores» do mundo contemporâneo.

Ao fim e ao cabo «sou cristão antes de ser cidadão», recordou Marcelo Rebelo de Sousa, que lamentou também o facto do tratado europeu não ter uma «referência mais explícita» da tradição cristã e do humanismo inspirado pela Igreja.

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