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Jovens «deputados» questionam partidos

Assembleia da República recebeu alunos de várias escolas, que levaram à sala do senado temas quentes

A sala do senado da Assembleia da República transformou-se, esta terça-feira, num parlamento jovem, com pequenos deputados a questionar os partidos sobre temas como a escolha do Provedor de Justiça, a nacionalização do BPN e a crise financeira.

As cadeiras dos deputados com assento na Assembleia da República foram ocupadas por 128 jovens deputados eleitos em escolas do segundo e terceiro ciclos do ensino básico de todo o pais e também no círculo de fora da Europa representado pela escola portuguesa de Macau. Participaram neste programa 351 escolas, ao longo do ano lectivo 2008/2009, das quais 64 estiveram representadas no parlamento.

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Os jovens deputados foram recebidos pela ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, que disse ser um «enorme gosto» ver alunos oriundos de todo o país e de Macau, depois do trabalho de longos meses que realizaram nas escolas. Para Maria Lurdes Rodrigues, o mais importante deste trabalho é os jovens «aprenderem a democracia, que irá perdurar nas suas memórias».

Dirigindo-se aos jovens, Maria de Lurdes Rodrigues sublinhou que a democracia «exige a participação de todos e não exclui ninguém». A ministra da Educação salientou ainda a importância de se aceitar a diversidade de opiniões, para perceber que difícil é compreender todos os pontos de vista e que os jovens entendam que o mais importante é fazer prevalecer o interesse colectivo.

Deputados respondem aos jovens

Durante o debate, os jovens questionaram os deputados parlamentares dos vários partidos sobre temas como a escolha do provedor de justiça, que foi levantada pelo porta-voz do círculo de Leiria, que perguntou se esta escolha não deveria ser feita pelo Presidente da República. A resposta foi dada pela deputada de Os Verdes, Heloisa Apolónia, que disse não concordar, defendendo que ele deve ser eleito pela Assembleia da República, e defendeu: «O método está bem, o problema é a trapalhada que se fez antes dele».

A questão da nacionalização do BPN foi levantada pela porta-voz pelo círculo de Lisboa, que questionou por que motivo o banco foi nacionalizado «depois do buraco financeiro que ele próprio criou». A explicação foi dada pela deputada socialista Odete João, que explicou que foi para proteger os depositantes e garantir a estabilidade do sistema financeiro.

Uma questão polémica foi levantada pelo círculo dos Açores, que questionou se tem de haver uma gestão financeira como a de Salazar para superar a crise que o país atravessa. João Oliveira do PCP respondeu prontamente, afirmando que Salazar foi responsável por 50 anos de atraso em Portugal devido às políticas económicas daquela época.

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