As mais de 100 sociedades offshore do universo BPN/SLN devem ao banco 520 milhões de euros e 25 milhões de dólares, exatamente o mesmo valor que deviam há quatro anos, quando foi lançado o projeto «César», segundo o PCP.
«A administração Cadilhe, ainda em 2008, propôs-se a resolver a dívida significativamente elevada de um conjunto de mais de 100 offshore junto do BPN, com o denominado projeto César». Ao fim de quatro anos, está tudo na mesma», revelou esta terça-feira aos jornalistas Honório Novo, deputado do PCP.
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O político falava à margem da audição (à porta fechada) de Mário Fragoso de Sousa, um dos elementos que compunha o grupo de trabalho criado em 2008 com o propósito de recuperar as dívidas que as offshore' tinham para com o BPN.
«Tínhamos a suspeita de que este grupo de trabalho pouco ou nada fizera. E os números que agora conhecemos provam que nada foi feito. Em 2008 estas offshore deviam ao BPN 520 milhões de euros e 25 milhões de dólares (cerca de 20,4 milhões de euros) e, quatro anos volvidos, a dívida permanece igual», afirmou Honório Novo.
«Não se recuperou nem um euro das offshore, pelo que se percebe a falta de eficiência deste projeto e deste grupo de trabalho», reforçou o deputado comunista.
O grupo de trabalho contava com cinco elementos: Quatro responsáveis do BPN (um administrador, primeiro José Lourenço Soares e depois Mários Gaspar, e três técnicos, entre os quais Mário Fragoso de Sousa), e o presidente da SLN (antiga dona do BPN).
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