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Oposição reage com cautela a moção de censura do BE

Só o CDS assumiu que votará a favor, caso esta tenha como verdadeiro objectivo uma «mudança de ciclo político» e não concorrer com o PCP

Os partidos da oposição reagiram todos de forma cautelosa ao anúncio do BE, que disse que vai apresentar uma moção de censura ao Governo «dentro de um mês».

A reacção por parte do PSD foi assumida pelo deputado Miguel Macedo, contudo, sem revelar qual será a tendência social-democrata na votação. «O PSD vai avaliar esta situação com frieza, com responsabilidade e no momento próprio», apontou, dizendo que «a seu tempo» será revelada a posição «laranja».

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Bernardino Soares foi a voz do PCP. Não querendo alongar-se sobre o facto do BE anunciar uma tomada de posição que havia já sido aventada pelos comunistas, o deputado diz que «qualquer moção será analisada de acordo com os argumentos que forem apresentados».

Sem revelar qual será o sentido de voto do PCP, Bernardino Soares deixou, porém, um indício: «O PCP não deixará de combater esta política e este Governo, com todos os instrumentos ao seu alcance sem excluir nenhum».

Da parte do PEV, Heloísa Apolónia salientou que o seu partido ainda não conhece «a base em termos de argumentação» desta moção, mas fez questão de destacar «a contradição do BE, que há alguns dias atrás disse que este não era o momento oportuno» e o anúncio desta tarde.

«Ficamos com alguma dúvida sobre qual será de facto a sustentação desta moção de censura o que é que há dois ou três dias não a tornava oportuno e agora o torna oportuno», indicou.

O último partido da oposição a reagir foi o CDS, através de Pedro Mota Soares, que disse que seria «favorável» a qualquer a posição que viste «uma mudança de ciclo político».

«Nesse sentido o que falta saber é se a iniciativa do BE é genuinamente uma moção de censura ou se é uma iniciativa única e exclusivamente para de alguma forma concorrer com a iniciativa que o PCP já tinha apresentado», disse, sublinhado na necessidade do «texto ser consensual para poder ser aprovado».

Já depois de conhecidas todas estas posições, o líder parlamentar do PS, Francisco Assis, instou todos as bancadas parlamentares a definirem a sua posição o mais rápido possível , de forma a evitar uma situação de incerteza política durante o próximo mês.

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