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Jerónimo de Sousa quer continuar na liderança no PCP

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Líder acha que, após uma fase de convulsão, conseguiu pôr o partido «mais forte, com bom ambiente»

Jerónimo de Sousa quer continuar na liderança do PCP por mais quatro anos e acha que conseguiu, após uma fase de convulsão, pôr o partido «mais forte, com bom ambiente».

«O partido cresceu, com resultados que não se verificavam há cerca de 20 anos. Houve mais filiações, mais de 7.200 novos recrutamentos, com uma grande percentagem de jovens com menos de 35 anos», afirmou, em entrevista à Agência Lusa, Jerónimo de Sousa a uma semana do XVIII congresso do partido, de 29 de Novembro a 01 de Dezembro, em Lisboa.

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Nas eleições de 2005, as primeiras que Jerónimo disputou como líder dos comunistas, sucedendo a Carlos Carvalhas, a CDU elegeu mais dois deputados à Assembleia da República e subiu a votação de 6,9 por cento para 7,6 por cento.

O secretário-geral comunista lembrou como «muito pertinente» o aviso que fez aos críticos, no final do congresso de 2004, que culminou um processo interno conturbado com expulsões de militantes renovadores, para porem «as barbas de molho».

«Alguns comentadores, analistas» e «gurus» afirmavam que o PCP estava «numa encruzilhada», disse. «No fundo, diziam que tinha duas árvores para escolher para se enforcar: ou abdicava dos seus princípios, do seu projecto e poderia ir vivendo, embora definhando, ou então mantinha a sua natureza de um partido comunista e morreria rapidamente», exemplificou.

Jerónimo lembrou que alguns dos militantes contestatários «auto-excluiram-se» ou estão noutros partidos, «clarificando as suas posições» e que hoje a situação no partido se clarificou.

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«PCP pulsa de vida interna»

«Neste momento, o colectivo partidário, direcção e secretário-geral, liquidaram as teses liquidacionistas, na medida que o partido está mais forte, com um bom ambiente», afirmou.

Ao contrário do que disseram alguns críticos do anterior congresso, como Lopes Guerreiro e Fernando Vicente, que se queixaram de «paz podre», o líder comunista diz que «o PCP pulsa de vida interna, vida democrática, participação e empenhamento dos militantes».

Jerónimo afirmou ainda à Lusa ser «profundamente grato» ver que militantes que «tinham profundas inquietações no XVII congresso, hoje estão a participar activamente, independentemente da defesa das suas ideias».

«A divergência não nos incomoda, na medida que temos um colectivo que tem, muitas vezes, diferenças de opinião», acrescentou.

Jerónimo de Sousa admite continuar à frente dos comunistas portugueses mas remete a decisão para os órgãos próprios, o Comité Central.

«Estarei onde o partido mais necessitar da minha militância mas a decisão cabe ao Comité Central. De qualquer forma não será muito audacioso afirmar que o ambiente em torno do secretário-geral do partido é bom, muito fraterno, com muita confiança e alegria», disse.

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