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Desemprego: Passos recusa «embaraço» e quer explicações do INE

Ferro Rodrigues interpela primeiro-ministro sobre aumento da taxa de 14,1% revelada pelo INE, números que contrariam «propaganda» do Governo

Passos Coelho acabou, no entanto, por puxar as orelhas ao INE, assinalando que «fez revisões sensíveis sobre os seus próprios dados» e que precisa de explicar porquê. O chefe de Governo defende que o instituto não devia apresentar uma revisão em meio ponto percentual «sem apresentar fundamento sério». Está à espera das explicações.

O primeiro-ministro recusou esta quarta-feira que a revisão em alta da taxa de desemprego para 14,1% em fevereiro pelo Instituto Nacional de Estatística tenha causado «embaraço» no Governo. Interpelado pelo líder da bancada parlamentar do PS, que entende que os números mostram que quando o executivo fala de «recuperação» está é a fazer propaganda.

«O senhor deputado (...) esperou que resultado do INE fosse uma espécie de grande embaraço para o Governo, um grande embaraço, mas não é. Não é. Governo tem tratado resultados com toda a seriedade como até aqui. As nbservações não se baseiam em adivinhações, mas em dados divulgados pelo INE»

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«Não estou ainda em condições, não ouvi do INE fundamentações para uma revisão desta amplitude. Ainda não conheço os fundamentos»

Antes, Ferro Rodrigues já tinha assinalado que «são questões gravíssimas a da forma como governo tratou desemprego, acima 700 mil e pessoas desencorajadas 250 mil e desempregados ocupados em programas de formação, às vezes sabe-se lá em que condições – 1,1 milhões de pessoas e não é deste último mês, tem sido assim ao longo do último ano». Perante as respostas do primeiro-ministro, o socialista ironizou:

«Ninguém almoça taxas, nem janta taxas, senhor primeiro-ministro»

Outros temas do debate

Ainda a propósito do desemprego, reconheceu que a taxa entre os jovens é ainda muito elevada (35%), mas afirmou que eles  «têm hoje mais oportunidades»

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Quanto à lista VIP, tema incontornável, admitiu que a sua existência «é grave» e vai atuar, mas insistiu que o Governo não deu instruções ou qualquer tipo de «conforto» para que ela fosse criada.

Um episódio que marcou o primeiro debate parlamentar de abril foi o comentário de Passos Coelho quando foi interrompido por João Galamba, ao questionar  quem era o «deputado excitado» que estava a falar a partir das bancadas, sem ser a sua vez. 

Este confronto político surgiu no dia em que  António Costa anunciou oficialmente a sua saída da câmara de Lisboa para se dedicar, em exclusivo, ao PS e à corrida para as legislativas. Este assunto foi abordado, logo à cabeça, pelo primeiro-ministro,  com ironia, e deu azo a uma  resposta pronta do líder parlamentar socialista, Ferro Rodrigues. 

 

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