Já fez LIKE no TVI Notícias?

ONG ligada a Passos: «Que tudo seja esclarecido»

Partido Socialista comenta notícia do «Público»

O Partido Socialista defende que, havendo «matéria» a esclarecer no caso da ONG criada por uma empresa de que o primeiro-ministro era administrador, devem ser prestados esclarecimentos aos portugueses.

«O PS apenas conhece a notícia do jornal [Público] e perante essa circunstância apenas faz um apelo claro: que tudo o que tenha de ser esclarecido, seja esclarecido. E essa é a melhor forma de reforçar a confiança nas instituições de representação do povo português. Quer o Governo, quer a Assembleia da República, quer outros órgãos de soberania», afirmou o secretário-nacional do PS Eurico Brilhante Dias.

PUB

O dirigente socialista respondia a uma questão de jornalistas, na sede do partido, sobre a notícia do «Público» que atribui a Passos Coelho o papel de «principal impulsionador, em 1996, de uma ONG concebida para obter financiamentos destinados a projetos de cooperação que interessassem à empresa Tecnoforma» - empresa da qual o atual primeiro-ministro foi administrador.

Perante a insistência dos jornalistas, Eurico Brilhante Dias afirmou: «Apenas conheço notícias de jornal, nem as declarações do senhor primeiro-ministro ouvi. Por isso, a única coisa que posso dizer é que, no que diz respeito a notícias de jornal, se há matéria a esclarecer, deve ser esclarecida para haver transparência».

Segundo o «Público», quando essa ONG foi criada, Passos Coelho «era então deputado em regime de exclusividade e nunca declarou o cargo que ali exercia» no seu registo de interesses.

O primeiro-ministro já confirmou que foi cofundador da organização não-governamental (ONG) Centro Português para a Cooperação e afirmou que isso não tem nada que o embarace e que nunca fez disso segredo.

PUB

«Eu fui, toda a gente sabe, cofundador de mais do que uma ONG, e dessa também, o Centro Português para a Cooperação (CPPC). Não é nada que me motive embaraço ou qualquer reticência», declarou Pedro Passos Coelho, em resposta aos jornalistas, no final de uma visita à Câmara Municipal da Cidade da Praia.

Sobre a questão da declaração de rendimentos, o primeiro-ministro referiu que já tinha iniciado o seu mandato de deputado na altura em que essa ONG foi criada.

«Não creio que essa seja uma questão da maior relevância, para ser sincero. Saí do parlamento em 1999 e o CPPC não tinha atividade em Portugal. Não me recordo de não ter feito um registo específico sobre isso, mas não é uma matéria que tivesse sido reservada ou que tivesse qualquer segredo especial. Portanto, não tenho para isso nenhuma explicação especial a dar», acrescentou.

PUB

Últimas