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Passos afasta responsável pelas Novas Oportunidades

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Luís Capucha não será reconduzido no cargo. Lembra-se da polémica na campanha eleitoral?

ACTUALIZADA ÀS 21h22

Luís Capucha, presidente da Agência Nacional para a Qualificação, que gere o programa Novas Oportunidades, não será reconduzido no cargo, indicou à agência Lusa fonte do ministério da Economia.

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A fonte confirmou que houve uma «reunião conjunta» entre Capucha e responsáveis com as tutelas da Economia e Educação e nela ficou decidido que «não será renovada» a comissão de serviço, que por estes dias termina, do responsável da Agência Nacional para a Qualificação.

«O Governo reuniu comigo na segunda-feira passada e disse-me que não contava mais comigo como presidente da ANQ», disse Luís Capucha à Lusa.

Reconhecendo que «isso é um direito que o Governo tem», Luís Capucha afirmou, no entanto, desconhecer as razões da decisão do Executivo de Passos Coelho. «A partir do momento em que toma posse, [o Governo] dispõe dos lugares dos directores-gerais e dos presidentes de institutos, como a ANQ, e tem 45 dias para os reconduzir ou então comunicar-lhes a não recondução», afirmou.

«No meu caso, entenderam que não devia comunicar a recondução, por razões que desconheço, e desde segunda-feira deixei de ser presidente da ANQ», adiantou.

Durante a campanha eleitoral, este responsável trocou palavras feias com Pedro Passos Coelho, a propósito do Programa Novas Oportunidades, gerido pela Agência para a Qualificação.

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O agora primeiro-ministro afirmou que o programa é «uma mega produção que atribui uma credenciação à ignorância».

Já Luís Capucha respondeu que a afirmação de Passos Coelho era «insultuosa».

Na quarta-feira, ouvido no Parlamento, o ministro da Educação, Nuno Crato, defendeu que é preciso saber se o programa Novas Oportunidades ajudou realmente alguém a conseguir emprego ou subir na carreira.

Actualmente, a avaliação das Novas Oportunidades é «muito limitada», indicou. «É preciso saber o que serviu às pessoas, não só em termos de valor pessoal, mas profissional e de empregabilidade», defendeu então o ministro.

Em resposta a estas afirmações, Capucha disse que «nem tudo o que são políticas de educação se mede pelo facto de criarem imediatamente emprego», ripostando: «O senhor ministro da Educação é um grande defensor da realização de exames e nós também lhe podemos perguntar quantos empregos é que esses exames vão criar», disse, acrescentando que tal «não faz sentido nenhum», porque «essas medidas terão efeitos a prazo».

Luís Capucha deu ainda alguns números relativos ao impacto do programa Novas Oportunidades. «Mais de 10 por cento dos dois milhões de portugueses que aderiram à iniciativa obtiveram emprego e outros 20 por cento melhoraram as suas condições de emprego por causa do programa Novas Oportunidades», apontou.

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