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Em 18 minutos, o agora deputado Passos Coelho desferiu uma série de ataques ao Governo PS e ao seu líder socialista, cujo nome não pronunciou nem uma vez no segundo dia do debate do programa do Executivo de António Costa. O ex-primeiro-ministro disse que vive “bem” com a Democracia e estará na oposição a fazer o que lhe compete. E isso passa por estar de olho na cadeira onde estava nem há um mês.
“Vivo bem com o exercício democrático, apesar de saber que ganhei as eleições e fui escolhido primeiro-ministro pelo povo, não deixarei de respeitar deputados e desempenhar papel que me cabe na nova conjuntura politica”, começou por dizer.
Com a sua bancada parlamentar, terá “um papel de reserva e de alternativa de governo”. Enquanto não for devolvida a palavra aos portuguesa, prometeu levar a cabo “uma oposição determinada, séria e responsável que o povo esperará agora que possamos ser”.
Ao PS, entre as várias farpas que lançou, mostrou o seu alívio irónico pelo facto que não estar na agenda dos socialistas pediram apoio aos social-democratas.
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“Ainda bem que não não pediram apoio, quem perdeu eleições e recusou apoio a quem ganhou, não tem autoridade política para destes reclamar apoio no futuro."
Deixou de antemão, logo depois, o aviso de que o PS será castigado quando mais precisar.
“No dia em que o nosso apoio possa ser decisivo para alcançar algum resultado essencial que a maioria que suporta o governo não for capaz de garantir, apenas esperamos que daí possam retirar a consequência natural que é devolver a palavra ao povo e ele possa decidir o novo Governo de Portugal”
“No que é essencial só pode ser no que é mais importante e estrutural no que é acessório e conjuntural” e questionou se “reforçar o poder da CGTP e de outros grupos de pressão”, bem como a questão europeia são uma ou outra coisa.
“Tenho dificuldade de perceber em que categoria esses partidos se incluem, estrutural? Se sim, com que consequências? Qual a visão prevalecente? Socialista ou de radicais de esquerda? Ou ainda um misto como aconteceu na Grécia, com o Syriza? A alternativa é supor que a questão europeia não se insere no núcleo essencial o que não sei se isso melhora a perspetiva”
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Sobre a austeridade que tem sido usada como arma contra o seu Executivo que agora pereceu, Passos Coelho quis passar uma mensagem completamente diferente, dizendo que os partidos que agora que apoiam o Governo forçam o tema "por razões populistas insistindo que foi ideológica", ignorando que "foram exatamente os socialistas quem primeiro reduziu salários e prestações sociais, aumentando IVA e outros impostos". Os sociailstas e José Sócrates, que não nomeou, mas a quem se referiu:
“Austeridade é sempre o que é, mal necessário quando a extensão e políticos que antecedem não têm responsabilidade suficiente para evitar os comportamentos que lhe dão origem. Quando falam agora da remoção da austeridade, não estamos a falar de algo estrutural, mas apenas da oportunidade de normalizar uma situação excecionalidade do período de emergência financeira”
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Uma moção, voltou a dizer, “submetida por quem no sentido moderado, deve ter a responsabilidade de organizar alternativa para Portugal que vá ao encontro das aspirações dos portugueses”.
Passos Coelho desce na hierarquia e, literalmente, nas escadas do Parlamento, mas diz que está cá para dar luta. E regressar.
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