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Passos: "Grécia tem tido expressão clara da solidariedade"

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Primeiro-ministro diz que caminho em direção à saída do euro não é "absoluta surpresa", porque havia consciência desse "risco". "Ninguém está imune aos efeitos", mas há robustez para aguentar

Dizer-se que há falta de solidariede está, por isso, "fora de questão", na ótica do chefe de Governo. E se, reconheceu, "ninguém pode dizer que está imune àquilo que possa acontecer", tentou descansar os portugueses: "Reafirmo, em todo o caso, que do ponto de vista financeiro ". Do ponto de vista político, os governos têm de tomar as suas decisões, realçou. "Cada um responde" pelo seu país e, por isso, o referendo convocado por Alexis Tsipras tem de ser respeitado, à luz da "soberania" que goza enquanto nação.

Pedro Passos Coelho defende que se deve respeitar a soberania dos Estados e, por isso, espera para ver quais os resultados do referendo na Grécia. O primeiro-ministro português recusa, no entanto, que haja falta de solidariedade europeia para com os gregos dado o desfecho em que resultaram as negociações. 

"Não acho que haja falta de solidariedade. A Grécia recebeu das instâncias europeias, incluindo países da zona euro, mais de 200 mil milhões de euros, se contarmos com FMI, muito perto daquilo que é o seu PIB, o que não aconteceu em mais nenhum país da Europa. A Grécia tem tido de uma forma muito concreta, uma expressão clara da solidariedade europeia".

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A saída do euro já esteve mais longe de ser uma realidade e a falta de acordo para isso não acontecer, não surpreendeu Passos Coelho, que não descarta uma onda de choque. 

"Não haverá consequências não posso garantir, evidentemente. A situação é muito difícil. Não se pode dizer que fosse uma absoluta surpresa. Todos sabíamos que, desejando que as negpciações podiam e deviam acabar bem, também sabíamos do risco que pudessem não ter esse desfecho"

Portugal não é apanhado desprevenido

O primeiro-ministro relativizou a subida das taxas de juro e a queda acentuada da bolsa, em Lisboa, esta segunda-feira, dizendo que é "natural" que haja volatilidade nos mercados. E insistiu que o Estado tem dinheiro nos cofres, "durante vários meses". 

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Sobre as declarações do Presidente da República - que disse que se a Grécia sair do euro, 18 países ficam -, Passos Coelho disse que não ouviu as palavras de Cavaco Silva. Contudo, "o que importa é reforçar coesão dos países da zona euro", sendo que "o mais delicado são as questões de natureza política".

"Tanto quanto possível, achamos que é importante politicamente a Europa manter a grande aposta neste projeto que é um projeto comum. Não é uma Europa à la carte, em que hoje se decide que fica, amanhã se decide que sai"

 

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