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Pedro Passos Coelho admitiu que não houve avanços nas negociações entre a coligação e o PS, após uma nova reunião que ocorreu esta terça-feira. "Não avançámos rigorosamente nada." O líder da coligação Portugal à Frente destacou a insatisfação de António Costa perante a proposta apresentada pela direita, passando depois a bola aos socialistas: cabe agora ao PS apresentar uma "contra-proposta".
"lacunas graves""Foi disponibilizada a informação de que dispomos sobre a matéria financeira e macroeconómica. Ouvimos a sua insatisfação [de António Costa] em relação à proposta que a coligação apresentou ao Partido Socialista. Ficou claro que nós esperaríamos que o PS pudesse apresentar uma contra-proposta. Aguardo que o PS nos faça chegar uma proposta.
O líder da PàF sublinhou o "esforço inicial" realizado pela aliança de direita para depois reiterar que "é importante" agora que o PS esclareça "o que pretende", vincando que o país precisa de saber se "há ou não vontade política para um entendimento".
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quem ganhou as eleições no dia 4 de outubro não foi o PS, foi a coligação"Creio que para o país é fundamental saber se há ou não vontade política para um entendimento."
"O facto de não haver só por si condições que o programa da coligação possa passar no Parlamento, exige condições para negociar e dentro do compromisso europeu. Para haver consequência nestas conclusões, é preciso saber o que é que o Partido Socialista quer, basicamente", atirou o líder da PàF, criticando a "postura passiva" que António Costa e a sua comitiva têm vindo a manter até aqui.
Passos Coelho renovou o desejo de ser possível chegar a um entendimento, mas para isso é preciso uma resposta por parte do PS. Se não houver contraproposta, o líder do PSD considera que a coligação tem a "expectativa legítima" de ser chamada pelo Presidente da República a formar governo na mesma, porque foi a PàF que ganhou "legitimamente" as eleições.
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Ao mesmo tempo, fez questão de vincar, como Passos, "a leitura de senso comum dos resultados eleitorais: o povo deu o mandato à coligação, não nos deu maioria absoluta, pediu-nos compromisso". E esse compromisso "só pode ser feito pelo arco europeu, com o PS".
"Queríamos que soubessem que nessa proposta que o PS considerou insuficiente procurámos aproximar aquilo que são propostas que constam no documento do PS algumas semelhants no conteúdo com as da coligação, mas diferentes na execução. O PS não nos disse o que considerava essencial"
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