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Nada melhor do que o centro do país para voltar a falar para o centro do eleitorado – que a coligação teme indeciso depois quatro anos de austeridade, que afetou pensionistas, funcionários públicos, classe média – num discurso que é também ele de centro.
Paulo Portas explica, no comício à hora de almoço, no Bombarral, que não interessa a “esquerda” ou a “direita”, interessa ir “em frente”: num metáfora com o nome da coligação Portugal à Frente e com a ideia de que o PAF não disputa eleitorados apenas pelo poder – nem quer maiorias absolutas apenas pelo exercício do poder, como dizia ontem Passos Coelho – mas porque o país precisa de “estabilidade” para continuar a crescer.
“Se tivermos estabilidade podemos crescer ainda mais. Podemos ambicionar mais com os resultados que conseguimos para o nosso país”, disse logo a seguir Passos Coelho.
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“A coligação deu certo e pode voltar a dar se for a vontade dos portugueses”. Mas, garante, “não estamos aqui a fazer promessas, mas a sublinhar” o que fizemos. É a deixa para os indicadores económicos serem desfiados mais uma vez. E então prometer a ambição de “conseguirmos mais”.
Antes, Passos tinha contado uma história que ouviu nas estufas de morangos, nas Caldas da Rainha. Há 3 anos, um forte temporal afetou a região do oeste e destruiu tudo. Foram os 200 trabalhadores que se juntaram para recuperar a exploração agrícola que Passos e Portas visitaram esta segunda-feira. Quando um dos proprietários da empresa relata essa manhã seguinte, de desolação, o líder do CDS estabelece uma comparação com o que o país passou: uma união para que a reconstrução fosse possível.
Passos há-de contar a mesma história ao almoço para os apoiantes do Bombarral, porque não é possível “ignorar o paralelismo” com o que passamos.
“Não conseguimos refazer tudo de um ano para o outro. Mas foi importante a mobilização de todos os portugueses, sem nunca desistirmos”. E estarmos agora preparados para “concretizarmos” o programa que “sonhamos para Portugal”.
“Um 44 já me dá estabilidade”. Isto de campanhas a dois tem vantagens e o vice acrescenta uma percentagem para concluir a ideia do primeiro-ministro: “44%? Já dá maioria!”.
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