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Seguro: primeiro-ministro «devia ser mais activo»

Candidato à liderança do PS diz que Passos devia promover reuniões com líderes europeus e que «a Europa tem que agir em vez de reagir», em relação à crise

O candidato a secretário-geral do PS António José Seguro considerou que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, «devia ser mais activo», promovendo reuniões com outros líderes europeus, afirmando que «a Europa tem que agir em vez de reagir».

Em declarações à Agência Lusa, à entrada para um jantar com militantes na Maia, António José Seguro (que concorre à liderança do PS nas eleições de 22 e 23 de Julho com o ex-líder da bancada parlamentar, Francisco Assis) afirmou que «a Europa fez uma reunião de emergência porque estava em causa a situação da Itália», lamentando que «mais uma vez a Europa corra atrás do prejuízo».

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A propósito, criticou: «Em vez que agir por antecipação e diminuir e evitar os problemas, não. Deixa que os problemas aconteçam e depois é que tenta agir».

Segundo o deputado socialista, «é altura da Europa perceber, de uma vez por todas, que esta não é uma boa maneira de lidar com os problemas das pessoas», enfatizando: «a Europa não pode passar a vida a correr atrás do prejuízo e em vez de reagir tem que agir».

António José Seguro considerou ainda que Pedro Passos Coelho devia ser mais activo.

«Deviam estar a ser mobilizadas reuniões com líderes de outros países da Europa, que ou estão na mesma situação ou exigem da Europa um outro tipo de envolvimento», avançou.

O candidato afirmou que, se fosse «primeiro-ministro, uma das coisas que fazia era reuniões bilaterais com outros primeiros-ministros e mobilizá-los porque, de facto, a Europa não pode correr atrás do prejuízo, tem que agir».

Defendeu que esta é «a altura de os líderes europeus se porem de acordo rapidamente e criarem mecanismos que possam verdadeiramente ajudar a resolver esta crise».

Segundo Seguro, entre estes mecanismos está a emissão conjunta de dívida pública através de eurobonds [obrigações europeias], a criação imediata de uma agência de rating europeia, a alteração dos critérios de financiamento de crédito por parte do Banco Central Europeu e a dotação do orçamento da União Europeia de mais recursos, para que não se esteja tanto tempo à espera para agir.

«A Europa não tem estado à altura dos acontecimentos. Neste momento, está a ser atacado um dos fundamentos importantes do projecto europeu, que é a Zona Euro, e a Europa continua com lindas palavras e quando é um país mais forte é que se mexe», lamentou.

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