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Pires de Lima convida Mariana Mortágua a "mergulhar na realidade"

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Ministro também não deixou sem resposta os deputados do PCP e do PS. A Paulo Campos disse: "Um treinador que faça a sua equipa descer de divisão não é reconduzido. O senhor deputado devia ter uma memória apurada, porque foi isso que aconteceu ao engenheiro José Sócrates"

Bruno Dias recusou apanhar esta “boa onda” do ministro da Economia em funções há dois anos, uma vez que “a generalidade da população não sente a boa onda”. Já o debate com Paulo Campos centrou-se na "rábula futebolística", com o socialista a acusar a maioria PSD/CDS-PP de ter conduzido o país da Liga Europa para a 2ª. divisão, mas o governante contou uma história diferente. No final da sua intervenção, Pires de Lima pediu desculpa aos deputados por estes não terem obtido respostas a todas as questões enviadas ao ministério, depois do secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, ter feito 'mea culpa'.

O ministro da Economia convidou o deputado socialista, Paulo Campos, e a deputada do BE, Mariana Mortágua, a "mergulharem na realidade", enquanto o deputado comunista, Bruno Dias, recusou apanhar a “boa onda” do governante.

Em audição na comissão parlamentar de Economia e Obras Públicas, durante mais de cinco horas, Pires de Lima respondeu, sobretudo, a questões sobre a privatização da TAP, mas também a muitas dúvidas sobre a governação, que fez com que o país deixasse “a divisão da bancarrota”.

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“Acabámos a assistência financeira, entrámos numa trajetória de crescimento económico, ainda que moderado. E eu, realmente, alimento a esperança de que possamos terminar esta legislatura com uma taxa de desemprego inferior à que recebemos como legado do PS”, declarou Pires de Lima, ilustrando com números relativos à criação de empresas, desemprego e investimento.

A "onda", o "mergulho" e o "treinador"

“Meio milhão de portugueses a ir para o estrangeiro não é boa onda. As pessoas não partiram à aventura para se divertir num projeto de emoções fortes”, defendeu o deputado comunista, manifestando ainda preocupação em relação ao investimento e à sua qualidade, receando tratar-se de investimento “beduíno”, isto é, empresas a aproveitarem uma oportunidade e que partem quando deixa de ser vantajoso.

Diferendo à parte, Pires de Lima colocou as suas preocupações lado a lado com as do deputado comunista: “Não creio que exista nenhuma divergência entre mim e si quanto à relevância que damos ao desemprego em Portugal. Não tem um coração mais preocupado do que o meu. Não viva com esse preconceito".

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Mas foi com a deputada Mariana Mortágua que Pires de Lima mais se bateu, com o governante a convidá-la “a mergulhar na realidade” para perceber a verdade sobre o investimento em Portugal, e a terminar com uma correção sobre a taxa de estágios do IEFP que se convertem em empregos.

Depois da bloquista ter considerado estes estágios um expediente para criar emprego artificial, Pires de Lima garantiu que 80% dos estagiários acabam por conseguir emprego no final dos estágios, tendo depois corrigido para 70%, dos quais 30% nas empresas onde estagiaram.

Admitindo "visões completamente diferentes", o ministro considerou a deputada "muito inteligente e muito hábil", acusando-a de o tentar confundir com os números relativos à balança comercial.

"Sou ministro da Economia real, não da economia baseada em inquéritos", disse Pires de Lima, em resposta à deputada.

"Creio que o senhor deputado fazia bem em cair na realidade, porque (...) um treinador que faça a sua equipa descer de divisão não é reconduzido. O senhor deputado devia ter uma memória apurada, porque foi isso que aconteceu ao engenheiro José Sócrates", declarou o governante, na última audição regimental desta legislatura.

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"A maioria" das perguntas sem resposta são "da minha responsabilidade" disse o secretário de Estado.

Pires de Lima apontou que Sérgio Monteiro teve "81 presenças no parlamento" durante a legislatura, passando quase "mais tempo no parlamento que na Horta Seca", onde fica o ministério, como reporta a Lusa.

O governante agradeceu o "espírito colaborativo" dos deputados, naquela em que foi a sua última audição regimental enquanto ministro, praticamente dois anos após ter assumido a pasta.

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