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O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, acusou esta quarta-feira o PS de apresentar um plano macroeconómico que contém o risco de se converter noutro memorando de entendimento, afirmando que as políticas defendidas pelos socialistas levariam a novo resgate de Portugal.
«O vosso plano de promessas não tem apenas o risco da desilusão, contém o risco de se converter noutro memorando de entendimento em que cada promessa se transforma numa restrição», afirmou Paulo Portas no parlamento.
«O PS dispara o défice e não controla a dívida, deixa-nos em défice excessivo e sujeitos às suas ameaças. É o caminho mais simples para voltar à troika, à austeridade e aos sacrifícios», declarou.
«Continuando o sistema a ser de repartição, o experimentalismo de reduções agressivas e sistemáticas da TSU (Taxa Social Única), tanto no capital como no trabalho, põe em risco a sustentabilidade das pensões que têm que ser pagas com contribuições dos atuais trabalhadores», argumentou.
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Paulo Portas acusou também os socialistas de um experimentalismo fiscal que contraria anteriores líderes, como António José Seguro, que acordou a descida do IRC, ou António Guterres, que "celebrou o primeiro acordo para defenestrar o imposto sucessório e chamava à SISA o imposto mais estúpido do mundo".
«Vossas excelências decidem agravar o IRC, de caminho vão repor o IMT, antiga SISA, e o sucessório, que tributa a propriedade e os depósitos. Afastam-se de um pragmatismo moderado e familiar para aderir a experiências não testadas sobre vários tributos», disse.
«Algo me diz que muito disto acabará em confusões operacionais muito parecidas com a malograda taxa turística e a malograda taxa aeroportuária do antigo presidente da Câmara de Lisboa», acusou.
«Ao adotar nessas áreas do gradualismo desvia-se da leitura muito excessiva que o próprio PS fez, durante muito tempo, das decisões do Tribunal Constitucional», disse.
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«Não quero ser injusto e devo por isso uma correção: o que o doutor António Costa, e bem, disse aos chineses, acaba por confessar agora aos portugueses: superámos a bancarrota de 2011 e superámos a recessão logo no início de 2014», afirmou.
«Creio que é não perceber o que aconteceu na sociedade portuguesa nos últimos anos. Os portugueses pagaram caríssimo em impostos e desemprego o escasso rigor no défice e o enorme endividamento do Estado. Voltar às mesmas causas para viver as mesmas dores não é uma opção razoável», sustentou.
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