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O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, recomendou ao PS "alguma coerência" sobre a privatização da TAP, recordando que a defendeu quando era Governo e "a colocou no memorando com a 'troika'", criticando os "sinais errados aos investidores" dados pelos socialistas.
"Eu recomendaria alguma coerência ao maior partido da oposição porque as pessoas têm memória. Então o PS quando está no Governo diz "viva a Swissair" e quando está na oposição diz "abaixo a Azul?"
"Ao dizer que rompe o acordo com o Governo sobre a descida gradual do IRC e ao dizer agora que interrompe o processo de capitalização da TAP, evidentemente gera desconfiança e gera incerteza."
fará reverter o processo"Estas direções sindicais fazem estas greves, que dão cabo financeiramente de uma companhia, porque acham que alguém pagará a fatura, ou seja, o Estado há de lá pôr o dinheiro. Numa empresa privada não é assim."
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Já esta sexta-feira, o deputado socialista Rui Paulo Figueiredo voltou a reiterar esta posição, no Parlamento, afirmando que os socialistas não vão hesitar em "utilizar a cláusula que o Governo aprovou", referindo-se a uma possível reversão do processo.
Portas enfatizou que a "entrada de capital novo, privado na companhia dá-lhe outra oportunidade" e que "isso também é outra oportunidade para os postos de trabalho".
Sobre as críticas aos números envolvidos no negócio, Portas foi perentório: "se alguém tiver 1092 milhões de euros, que é o valor da dívida, e se alguém me conseguir resolver o problema dos mais de 500 milhões de euros de capitais próprios negativos e disser eu não preciso de capital privado e tiver uma solução, faça o favor de a apresentar."
O vice-primeiro-ministro rejeitou que a solução passe por o "Estado pôr lá dinheiro", recordando que "a União Europeia é claríssima quando recusa auxílios de Estado que depois têm que ser devolvidos".
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"Só com capital privado, fresco e novo na empresa é que nós a viabilizamos. E a viabilidade da TAP é essencial para que ela continue a ser estratégica."
"Porque se fosse europeu poderia ter a tentação de deslocalizar os voos, sendo sul-americano tem naturalmente a vocação de crescer para a Europa e eu acho que o ‘hub’ português - que não é só Lisboa, também é Porto, também é Faro - pode até crescer."
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