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Portugal «merece outra envergadura», pede Portas

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Paulo Portas apelou esta sexta-feira, em Coimbra, ao PS e PSD para que cessem as querelas ou que, «pelos menos, saibam dirimi-las de forma reservada», pois está em causa evitar a insolvência do Estado português.

«Não creio» que «o desenvolvimento de querelas, entre o PS e o PSD sobre matérias específicas da ajuda externa da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) contribuam para dar de Portugal a melhor imagem», afirmou o líder do CDS, que falava, ao fim da tarde, em Coimbra, no encontro «O nosso trabalho fala por nós. O nosso projecto para Portugal», de preparação da campanha eleitoral dos centristas.

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Tais querelas também não contribuem para «dar dos políticos portugueses uma garantia da melhor responsabilidade», acrescentou Paulo Portas, exortando PS e PSD a porem termo a essas quezílias «ou, pelo menos que esses dois partidos saibam dirimi-las de forma reservada».

Está em causa, advertiu, «garantir que o Estado português não fique insolvente daqui a umas semanas e que o sistema bancário não venha por aí abaixo, o que não arruinaria os banqueiros mas toda a economia que depende do sistema».

O nosso país «merece outra envergadura das forças políticas e menos quezílias entre os seus dirigentes», sublinhou.

É «preocupante ver o primeiro-ministro, em plena negociação com entidades que mediram as nossas contas públicas, insistir que o défice em 2010 foi 6,8», quando «precisamente parte dessas entidades com quem Portugal está a negociar», já certificaram que foi 9,1, afirmou Portas.

Mas também «não deixa de ser surpreendente», para o líder dos centristas, «verificar que o PSD insiste em publicar cartas ao governo, ora questionando a fidelidade das informações», ora «ameaçando ultrapassar o carácter institucional de uma negociação», que «só pode ser feita com o Estado», que é representado pelo «governo que existe».

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Tudo isto, alerta, «com a UE e o FMI entre nós, a ver e a ouvir».

«Nunca ninguém me ouviu dizer que não seria primeiro-ministro com o FMI», afirmou Portas, noutro passo da sua intervenção de quase uma hora. Mas José Sócrates tem «uma certa dificuldade em explicar» como é que «uma semana depois de ter dito que não governaria com o FMI, se apresenta como candidato a primeiro-ministro para governar com o FMI».

Considerando que «o PS não é competente» e que «o PSD não está a ser convincente», que «não é possível absolver o PS», mas também «não é possível premiar o PSD» ¿ pelo «grau de inconsistência que tem revelado» ¿ Paulo Portas concluiu que a alternativa é o seu partido, que «tem trabalho bem feito» e um «pensamento estruturado».

Dirigindo-se aos jovens, o líder do CDS pediu-lhes que digam aos pais e avós que «mais importante que uma sigla» é «saber quem pode garantir o caminho certo» para Portugal.

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