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Fim da comparticipação da pílula é um ataque à «emancipação da mulher»

PCP defende que nova medida se trata de um «retrocesso civilizacional»

O PCP condenou os «cortes cegos» previstos pelo Governo na área da Saúde, considerando que o fim das comparticipações das pílulas e de algumas vacinas representam «um ataque inaceitável no direito à saúde e à emancipação da mulher».

Para o partido, com a medida «a saúde deixa de ser um direito e uma prioridade e passa a ser tratada como uma área de negócio, em que o acesso aos cuidados de saúde passa a ser um privilégio dos portugueses que têm dinheiro».

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O PCP ataca o Governo considerando que esta medida confirma a «natureza desumana e ideológica do actual rumo» de governação e que vai trazer a curto e médio prazo «problemas sérios de saúde aos portugueses».

Mesmo que esses produtos sejam distribuídos gratuitamente nos Centros de Saúde, o partido sustenta que estas unidades «não têm condições para uma resposta eficaz» e antecipa resultados «desastrosos» caso a medida seja confirmada.

Como referiram também a Ordem dos Enfermeiros e a Associação para o Planeamento Familiar, o PCP acredita que o corte nas pílulas vão aumentar o recurso ao aborto.

«Um retrocesso civilizacional nas taxas de uso de contracepção levará ao aumento do número de gravidezes indesejadas, ao aumento do recurso ao aborto, com custos acrescidos no plano da saúde pública», avança.

Para o partido, o fim da comparticipação das vacinas inscritas no Plano Nacional de Vacinação não vai levar a qualquer poupança, mas vai, pelo contrário, acrescer a médio-longo prazo os custos «com tratamentos e internamentos por falta de cuidados primários, sobretudo das populações mais carenciadas».

O PCP acredita que as novas medidas do Governo irão «fragilizar ainda mais o Serviço Nacional de Saúde e transmitir dele uma imagem de incapacidade e desumanização que provoque o descontentamento de milhões de utentes», levando-os para o privado.

«A defesa do SNS, universal, geral e gratuito é um imperativo nacional», acrescenta.

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