O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, exigiu este domingo o «funcionamento da justiça» para que «a verdade» sobre o caso Freeport «seja apurada», noticia a Lusa.
«A nossa posição de fundo tem a ver com a exigência (...) do funcionamento da Justiça, procurando que a verdade seja apurada, obviamente sem procurar julgamentos e condenações prévias», disse Jerónimo de Sousa.
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«À política o que é da política, à justiça o que é da justiça», acrescentou o líder dos comunistas, escusando-se a fazer mais comentários e desejando: «Oxalá, para o bem de todos, que o apuramento da verdade se faça».
Jerónimo de Sousa falava aos jornalistas na vila alentejana de Castro Verde (Beja), no final de um almoço com militantes do Alentejo e de um comício comemorativos dos 88 anos do PCP.
Na sua intervenção, que durou mais de meia hora, Jerónimo de Sousa criticou os últimos quatro anos de Governo PS, que, disse, «o que tem para apresentar na hora do balanço é um país em recessão».
O Governo PS «prometeu mais crescimento» e «mais desenvolvimento», «mas vai deixar o país a braços com uma grave recessão, assustadoramente endividado e com todos os índices económicos a regredir», afirmou Jerónimo de Sousa.
«Andaram a exigir tantos sacrifícios (¿) para quê? Afinal, esse troféu que levantavam da redução do défice durou tanto como aquela anedota: vai ser tão bom não foi», ironizou Jerónimo de Sousa, referindo que «assim é a relação» do PS com o défice, «que hoje está outra vez a um nível altíssimo».
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«agravamento dos problemas sociais»
Para o líder dos comunistas, os últimos quatro anos de Governo PS vão ficar «marcados» pelo «agravamento dos problemas sociais», pelo «avanço galopante do desemprego», pelo «ataque sem precedentes aos direitos laborais e sociais dos trabalhadores» e pela «destruição dos serviços públicos», como o Serviço Nacional de Saúde.
«É esta a verdadeira face da política do Governo PS», que «levou o país a bater os mais negativos recordes de governação dos últimos», «provou não ser capaz de resolver os problemas do país» e que «não tem respostas para o futuro», disse Jerónimo de Sousa.
O secretário-geral dos comunistas acusou o Governo de «semear ilusões» e, «constituído em comissão eleitoral do PS», estar a «colocar o aparelho do Estado ao serviço dos seus interesses eleitorais».
«Como está a acontecer no Alentejo com o chequezinho na mão ali, nova promessa de obra acolá, para disfarçar quatro anos de esquecimento», referiu Jerónimo de Sousa.
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