O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, acusou este domingo os partidos do Governo, PSD e CDS/PP, de fazerem promessas eleitorais de reposição de salários e baixa de impostos que considerou demagogia eleitoral.
São «promessas e mais promessas de repor salários extorquidos e baixas de impostos, feitas com a mesma intenção de as cumprir como cumpriu Durão Barroso ou Santana Lopes ou Sócrates, ou ainda Passos Coelho que, nesta matéria, bateu todos os recordes da demagogia e da trapaça» de eleições, disse o líder comunista.
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«A campanha de propaganda que já está montada por parte do Governo - que se constituiu em comissão eleitoral do PSD e do CDS com o empenhado apoio da presidência da República, que já veste sem rebuço a camisola da coligação -, mostra bem que estão tentados a fazer tudo para enganar outra vez os portugueses, tentando atalhar uma derrota que têm como certa nas próximas eleições legislativas», acrescentou o líder comunista.
«O país a ‘dar volta’ de que falam está aí com a dívida a voltar a subir em janeiro: 6.600 milhões de euros face a dezembro», disse, acrescentando que, depois de uma antecipação do pagamento ao FMI (Fundo Monetário Internacional), surgiu a «operação cofres cheios, anunciada pela ministra das Finanças, para criar uma ilusão de prosperidade».
«Cofres cheios de dinheiro, emprestado e a pagar a juros, num país de rastos. Cofres cheios e dinheiro parado, num país carente de investimento para relançar a sua economia e o emprego. Eis a ideia que fundamenta a afirmação do PSD de que o país está melhor. O povo é que está pior», disse.
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O PS também não escapou às críticas do dirigente comunista, que acusou os socialistas de quererem fazer passar a ideia de que a situação do país se deve apenas à «crise do capitalismo», de forma a ocultarem o papel que tiveram no «apoio às políticas europeias de submissão nacional».
«Uns e outros [PS, PSD e CDS/PP] passaram ao silêncio ou ao estado de negação, porque entraram em modo de eleições», concluiu Jerónimo de Sousa.
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