O primeiro-ministro disse, esta quarta-feira, ter «salvaguardado» o Estado social num período de «forte ajustamento», com o PCP a dizer que vive num «mundo diferente» que o de Pedro Passos Coelho.
«Nestes três anos de forte ajustamento da economia e também do Estado, da despesa pública, nós conseguimos salvaguardar, para não dizer salvar, o Estado social», enalteceu o chefe do Governo, no debate quinzenal no parlamento.
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Passos Coelho respondia a Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, que trouxe a debate temas como o eventual condicionamento das reformas e pensões «à chamada evolução económica e demográfica do país».
Tal situação, a avançar, levará, diz Jerónimo, a que «os atuais e futuros reformados e pensionistas nunca mais vão saber com que reforma vão ficar no final da sua vida de trabalho».
«Lança a injustiça, a incerteza e a insegurança», acusou o parlamentar comunista, dirigindo-se ao primeiro-ministro.
Passos Coelho, na resposta, lembrou que «o que põe em causa o Estado social é a ruína financeira».
«Nestes três anos não só não tivemos nenhuma rutura social, como aumentámos em alguns aspetos a despesa social», sublinhou o governante.
«O Estado social esteve em risco mas foi em 2011, não em 2014», acrescentou ainda.
Jerónimo Sousa disse posteriormente viver num «mundo diferente» que o do primeiro-ministro, trazendo para a discussão notícias envolvendo problemas no setor da saúde
«Que apoios sociais são esses quando se sabe que metade dos desempregados não tem nenhum apoio social?», interrogou o secretário-geral comunista, que chamou ainda a atenção para os índices de pobreza do país.
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